terça-feira, 29 de junho de 2010

O Código de Hammurabi

O Código de Hammurabi Introdução. Hammurabi (1728 – 1686), conseguiu manter-se no poder graças a sua tenacidade e grande habilidade política, sabendo aproveitar-se do melhor modo possível dos jogos de poder, através de pactos e alianças com reis contemporâneos. Uma de suas primeiras preocupações, foi à implantação de direito e da ordem no país, fundamentos que levou a unidade interna do seu reino. Com grande paciência, autodomínio e muito tato político, vai construindo por meio de suas vitórias e conquistas, peça por peça, de seu vasto império. A característica fundamental no reino de Hammurabi, é a justiça (justiça essa contemporânea do mesmo), demonstra um esforço enorme de fazer reinar a justiça e qualquer cidadão tinha o direito de recorrer ao rei. No tempo de Hammurabi, o centralismo atingiu seu auge. O texto do Código foi conservado quase todo ele, com exceção de sete colunas aproximadamente, que foram raspadas, e que acabou se perdendo de 35 a 40 artigos legais. As leis para punir possíveis delitos praticados durante processo judicial (1-5). Leis que regulam o direito patrimonial (6-126) . E se o morto foi o filho, aplica-se a lei de talião.(117) Leis que regulam o direito de família e as heranças (127-195). Leis para punir lesões corporais (196-214) As leis por lesões corporais só eram iguais para os “iguais”. Leis que regulam os direitos e deveres de classes especiais: Médicos (215-223). Veterinários (224-225). Barbeiros (226-227).Pedreiros (228-233). Barqueiros (234-240). Leis que regulam preços e salários (241-277) Essa parte do código trata de regular todo o mercado de trabalho. Leis adicionais que regulem a posse de escravos (278-282) Nesse ponto estabelece certas normas relativas a escravos.
A ênfase é dada ao roubo, agricultura, criação de gado, danos à propriedade, assim como assassinato, morte e injúria. A punição ou pena é diferente para cada classe social. As leis não toleram desculpas ou explicações para erros ou falhas: o código era exposto livremente à vista de todos, de modo que ninguém pudesse alegar ignorância da lei como desculpa. No entanto, poucas pessoas sabiam ler naquela época

Código de Hammurabi – Leis de Hamurabi
Enviado por: Danilo Christiano Antunes Meira
Prólogo
Quando Anu o Sublime, Rei dos Anunaki, e Bel, o senhor dos céus e da terra, que decretaram o destino da terra, assinalaram a Marduk, o todo-poderoso filho de Ea, deus de tudo o que é direito, o domínio sobre a humanidade, fazendo dele grande entre os Igigi, eles chamaram a Babilônia por seu nome ilustre, fizeram-na grande na terra, e fundaram nela um reino perene, cujas fundações são tão sólidas quanto as do céu e da terra; então, Anu e Bel chamaram por meu nome, Hamurabi, o príncipe exaltado, que temia a deus, para trazer a justiça na terra, destruir os maus e criminosos, para que os fortes não ferissem os fracos; para que eu dominasse os povos das cabeças escuras como Shamash, e trouxesse esclarecimento à terra, para assegurar o bem-estar da humanidade. Hamurabi, o príncipe de Bel sou eu, chamado por Bel sou eu, fazedor e promovedor de riquezas, que favorece Nipur e Dur-ilu, sublime patrono do E-kur; que restabeleceu Eridu e purificou a adoração do E-apsu; que conquistou os quatro quadrantes do mundo, que fez grande o nome da Babilônia, que alegrou o coração de Marduk, seu deus a quem diariamente presta suas devoções em Sagila; descendente real de Sin, que enriqueceu Ur, o humilde e reverente que leva riquezas ao Gish-shir-gal; o rei branco, escuta de Shamash, o poderoso, que fez novamente as fundações de Sipar; que revestiu de verde as pedras tumulares de Malkat; que fez grande o E-babar, que é tal qual os céus, o guerreiro que guardou Larsa e renovou o E-babar, tendo a ajuda de Shamash. O senhor que garantiu nova vida a Uruk, que trouxe água abundante para seus habitantes, que levantou o topo de Eana, e assim aperfeiçoou a beleza de Anu e Inana; escudo da terra, que reuniu os habitantes espalhados de Isin; que colocou muitas riquezas ao E-gal-mach; o rei protetor da cidade, imão do deus Zamama; que com firmeza fundou as fazendas de Kish, coroou de glória o E-me-te-ursag, dobrou os grandes tesouros sagrados de Nana, administrou o templo de Harsag-kalama; a cova do inimogo, cuja ajuda sempre traz a vitória; que aumentou o poder Cuthah; adorado do deus Nabu, que dá alegria aos habitantes de Borsippa, a Sublime; o que não se cansa por E-zida; o rei divino da cidade; o claro, o Sábio, que ampliou os campos de Dilbat, que colheu as colheitas por Urash; o poderoso, o senhor a quem o cetro e a coroa foram destinados, e que se cobre com os trajes da realeza; o eleito de Ma-ma; que fixou os limites do templo de Kish, que bem dotou as festas sagradas de Nintur; o provedor solícito que forneceu alimentos e bebidas para Lagash e Girsu, que ofereceu grandes oferendas de sacrifício para Ningirsu; que capturou o inimigo, o Eleito do oráculo que cumpriu a predição de Hallab, que alegra o coração de Anunit; o prínciple puro, cjua prece é aceita por Adad; que satisfez o coração de Adad, o guerreiro, em Karkar, que restaurou os vasos de adoração no Eudgalgal; o rei que deu vida à cidade de Adad; o guia de Emach; o rei principesco da cidade, o guerreiro irresistível, que deu vida aos habitantes de Mashkanshabri, e trouxe abundância ao templo de Shidlam; o Claro, Potente que penetrou na caverna secreta dos bandidos, salvou os habitantes de Malka da desgraça, e fixou os lares deste povo na abundância; que estabeleceu presentes de sacrifício puros para Ea e sua amada Dam-gal-nun-na, que fez seu reino grande para sempre; o rei principesco da cidade, que sujeitou os distritos do canal sobre o Ud-kib-nun-na Canal à vontade de Dagon, seu Criador; que poupou os habitantes de Mera e Tutul; o príncipe sublime que faz a face de Nini brilhar; que apresentou refeições sagradas à divindade de Ninazu, que cuidou de povo e das necessidades deste, que deu a eles um pouco da paz babilônica; o pastor dos oprimidos e dos escravos; cujos feitos encontram favor frente aos Anunaki no templo de Dumash no subúrbio da Acádia; que reconhece o direito, que governa pela lei, que devolveu à cidade de Assur seu deus protetor; que deixou o nome de Ishtar de Nínive permanecer em E-mish-mish; o Sublime, que reverentemente se curva frente aos grandes deuses; sucessor de Sumula-il; o poderoso filho de Sin-muballit; o escudo real da Eternidade; o poderosos monarca, o sol da Babilônia, cujos raios lançam luz sobre a terra da Suméria e Acádia; o rei, obedecido pelos quatro quadrantes do mundo; Adorado de Nini sou eu. Quando Marduk concedeu-me o poder de governar sobre os homens, para dar proteção de direito à terra, eu o fiz de forma justa e correta… e trouxe o bem-estar aos oprimidos.

CÓDIGO DE LEIS

1. Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então que aquele que enganou deve ser condenado à morte.

2. Se alguém fizer uma acusação a outrem, e o acusado for ao rio e pular neste rio, se ele afundar, seu acusador deverá tomar posse da casa do culpado, e se ele escapar sem ferimentos, o acusado não será culpado, e então aquele que fez a acusação deverá ser condenado à morte, enquanto que aquele que pulou no rio deve tomar posse da casa que pertencia a seu acusador.

3. Se alguém trouxer uma acusação de um crime frente aos anciões, e este alguém não trouxer provas, se for pena capital, este alguém deverá ser condenado à morte.

4. Se ele satisfizer aos anciões em termos de Ter de pagar uma multa de cereais ou dinheiro, ele deverá receber a multa que a ação produzir.

5. Um juiz deve julgar um caso, alcançar um veredicto e apresentá-lo por escrito. Se erro posterior aparecer na decisão do juiz, e tal juiz for culpado, então ele deverá pagar doze vezes a pena que ele mesmo instituiu para o caso, sendo publicamente destituído de sua posição de juiz, e jamais sentar-se novamente para efetuar julgamentos.

6. Se alguém roubar a propriedade de um templo ou corte, ele deve ser condenado à morte, e também aquele que receber o produto do roubo do ladrão deve ser igualmente condenado à morte.

7. Se alguém comprar o filho ou o escravo de outro homem sem testemunhas ou um contrato, prata ou ouro, um escravo ou escrava, um boi ou ovelha, uma cabra, ou seja, o que for, se ele tomar este bem, este alguém será considerado um ladrão e deverá ser condenado à morte.

8. Se alguém roubar gado ou ovelhas, ou uma cabra, ou asno, ou porco, se este animal pertencer a um deus ou à corte, o ladrão deverá pagar trinta vezes o valor do furto; se tais bens pertencerem a um homem libertado que serve ao rei, este alguém deverá pagar 10 vezes o valor do furto, e se o ladrão não tiver com o que pagar seu furto, então ele deverá ser condenado à morte.

9. Se alguém perder algo e encontrar este objeto na posse de outro: se a pessoa em cuja posse estiver o objeto disser " um mercador vendeu isto para mim, eu paguei por este objeto na frente de testemunhas" e se o proprietário disse" eu trarei testemunhas para que conhecem minha propriedade", então o comprador deverá trazer o mercador de quem comprou o objeto e as testemunhas que o viram fazer isto, e o proprietário deverá trazer testemunhas que possam identificar sua propriedade. O juiz deve examinar os testemunhos dos dois lados, inclusive o das testemunhas. Se o mercador for considerado pelas provas ser um ladrão, ele deverá ser condenado à morte. O dono do artigo perdido recebe então sua propriedade e aquele que a comprou recebe o dinheiro pago por ela das posses do mercador.

10. Se o comprador não trouxer o mercador e testemunhas ante a quem ante quem ele comprou o artigo, mas seu proprietário trouxer testemunhas para identificar o objeto, então o comprador é o ladrão

e deve ser condenado à morte, sendo que o proprietário recebe a propriedade perdida.

11. Se o proprietario não trouxer testemunhas para identificar o artigo perdido, então ele está mal-intencionado, e deve ser condenado à morte.

12. Se as testemunhas não estiverem disponíveis, então o juiz deve estabelecer um limite, que se expire em seis meses. Se suas testemunhas não aparecerem dentro de seis meses, o juiz estará agindo de má fé e deverá pagar a multa do caso pendente.

[Nota: não há 13ªLei no Código, 13 provavelmente sendo considerado um número de azar ou então sacro].

14. Se alguém roubar o filho menor de outrem, este alguém deve l be condenado à morte.

15. Se alguém tomar um escravo homem ou mulher da corte para fora dos limites da cidade, e se tal escravo homem ou mulher, pertencer a um homem liberto, este alguém deve ser condenado à morte.

16. Se alguém receber em sua casa um escravo fugitivo da corte, homem ou mulher, e não trouxê-lo à proclamação pública na casa do governante local ou de um homem livre, o mestre da casa deve condenado à morte.

17. Se alguém encontrar um escravo ou escrava fugitivos em terra aberta e trouxe-los a seus mestres, o mestre dos escravos deverá pagar a este alguém dois shekels de prata.

18. Se o escravo não der o nome de seu mestre, aquele que o encontrou deve trazê-lo ao palácio; uma investigação posterior deve ser feita, e o escravo devolvido a seu mestre.

19. Se este alguém mantiver os escravos em sua casa, e eles forem pegos lá, ele deverá ser condenado à morte.

20. Se o escravo que ele capturou fugir dele, então ele deve jurar aos proprietários do escravo, e ficar livre de qualquer culpa.

21. Se alguém arrombar uma casa, ele deverá ser condenado à morte na frente do local do arrombamento e ser enterrado.

22. Se estiver cometendo um roubo e for pego em flagrante, então ele deverá ser condenado à morte.

23. Se o ladrão não for pego, então aquele que foi roubado deve jurar a quantia de sua perda; então a comunidade e… em cuja terra e em cujo domínio deve compensá-lo pelos bens roubados.

24. Se várias pessoas forem roubadas, então a comunidade deverá ….. e … pagar uma mina de prata a seus parentes.

25. Se acontecer um incêndio numa casa, e alguns daqueles que vierem acudir para apagar o fogo esticarem o olho para a propriedade do dono da casa e tomarem a propriedade deste, esta(s) pessoa(s)

deve(m) ser atirada(s) ao mesmo fogo que queima a casa.

26. Se um comandante ou soldado, que tenha recebido ordens de seguir o rei numa guerra não o fizer, mas contratar um mercenário, se ele não pagar uma compensação, então tal oficial deve ser condenado à morte, e seu representante tomar posse de seus bens.

27. Se um comandante ou homem comum cair em desgraça frente ao rei (capturado em batalha) e se seus campos e jardins forem dados a outrém, que tomou posse deste campo, se o primeiro proprietário

retornar, seu campo e devem ser devolvidos a ele, que entrará novamente de posse de seus bens.

28. Se um comandante ou homem comum cair em desgraça frente ao rei, se seu filho for capaz de gerir seus bens, então o campo e o jardim serão dados ao filho deste homem, que terá de pagar a taxa devida por seu pai.

29. Se seu filho for muito jovem e não puder tomar posse, 1/3 do campo e jardim deverá ser dado à sua mãe, que deverá educar o menino.

30. Se um comandante ou homem comum deixar sua casa, jardim e campos, e alugar tal propriedade, e outrém tomar posse de sua casa, jardim e campo e usá-los por três anos. Se o primeiro proprietário retornar à sua casa, jardim ou campo, este não deve retornar ao seu primeiro dono, mas ficar com que tomou posse e fez uso destes bens.

31. Se ele fizer um contrato de um ano e então retornar, seus bens devem-lhe ser devolvidos para que tome posse deles novamente.

32. Se um soldado ou homem leigo for capturado no Caminho do Rei (guerra) e um mercador comprar sua liberdade, trazendo-o de volta para casa, se ele tiver meios em sua casa para comprar sua liberdade, ele deverá fazer isto por seus próprios meios. Se ele não tiver nada em sua casa que com o que puder comprar sua liberdade, ele terá de ser comprado pelo templo de sua comunidade. Se não houver nada no templo para poder comprá-lo, a corte deverá comprar sua liberdade. Seu campo, jardim e casa não devem ser dados para comprar sua liberdade.

33. Se um . . . ou um . . .se apresentarem como retirados do Caminho do Rei, e mandarem um mercenário como substituto, e também retirarem esta pessoa, então ele ou …. devem ser condenados à morte.

34. Se um . . . ou um . . . danificar a propriedade de um capitão, ferir o capitão, ou tirar deste presentes dados a ele pelo rei, então o…. ou …. devem ser condenados à morte.

35. Se alguém comprar o gado ou ovelhas que o rei fez por bem dar aos seus capitães, este alguém perderá seu dinheiro.

36. O campo, o jardim e a casa do capitão, do homem ou de outrem, não podem ser vendidos.

37. Se comprar o campo, o jardim e a casa do capitão, ou deste homem, a tábua de contrato deve ser quebrada (declarada inválida) e a pessoa perderá dinheiro. O campo, jardim e casa devem retornar a seus donos.

38. Um capitão, homem ou alguém sujeito a despejo não pode responsabilizar por a manutenção do campo, jardim e casa a sua esposa ou filha, nem pode usar este bem para pagar um débito.

39. Ele pode, entretanto, assinalar um campo, jardim ou casa que comprou e que mantém como sua propriedade, para sua esposa ou filha e dar-lhes como débito.

40. Ele pode vender campo, jardim e casa a um agente real ou a qualquer outro agente público, sendo que o comprador terá então o campo, a casa e o jardim para seu usufruto.

41. Se fizer uma cerca ao redor do campo, jardim e casa de um capitão ou soldado, quando do retorno destes, a campo, jardim e casa deverão retornar ao proprietário.

42. Se alguém trabalhar o campo, mas não obtiver colheita dele, deve ser provado que ele não trabalhou no campo, e ele deve entregar os grãos para o dono do campo.

43. Se ele não trabalhar o campo e deixá-lo pior, ele deverá retrabalhar a terra e então entregá-la de volta ao seu dono.

44. Se alguém tomar conta de um campo que não estiver sendo usado e fizer dele terra arável, ele deverá trabalhar a terra, e no quarto ano dá-la de volta a seu proprietário, pagando por cada dez gan (uma medida de área) dez gur (Equivalente a 300 litros) de cereais.

45. Se um homem arrendar sua terra por um preço fixo, e receber o preço do aluguel, mas mau tempo prejudicar a colheita, o prejuízo irá cair sobre quem trabalhou o solo.

46. Se ele não receber um preço fixo pelo aluguel de seu campo, mas alugá-lo em metade ou um terço do que colher, os cereais do campo deverá ser dividido proporcionalmente entre o proprietário e aquele que trabalhou a terra.

47. Se a pessoa que trabalhar a terra não for bem sucedida no primeiro ano, e então teve de Ter a ajuda de outros, a esta pessoa o proprietário não apresentará objeções; o campo será cultivado e ele receberá pagamento conforme o acordado.

48. Se alguém tiver um débito de empréstimo e uma tempestade prostrar os grãos ou a colheita for ruim ou os grãos não crescerem por falta d’água, naquele ano a pessoa não precisa dar ao seu credor dinheiro algum, ele devendo lavar sua tábua de débito na água e não pagar aluguel naquele ano.

49. Se alguém tomar dinheiro de um mercador, e der a este mercador um campo para ser trabalhado com cereais ou sésamo e ordenar a ele para plantar cereais ou sésamo no campo, e a colher os grãos.

Se o cultivador plantar cereais ou sésamo no campo, a colheita deverá pertencer ao dono do campo e ele deve pagar os cereais como aluguel, pelo dinheiro que recebeu do mercador, e o que o cultivador ganhar, ele deve dar ao mercador.

50. Se ele der um campo cultivado de cereais ou sésamo, os grãos deverão pertencer ao dono do campo, que deve devolver o dinheiro ao mercador como aluguel.

51. Se ele não tiver dinheiro para pagar, então ele deve pagar em cereais ou sésamo ao invés de dinheiro como aluguel pelo que recebeu do mercador, de acordo com as tarifas reais.

52. Se o plantador não plantar cereais ou sésamo no campo, o contrato do devedor não terá atenuantes.

53. Se alguém for preguiçoso demais para manter sua barragem em condições adequadas, não fazendo a manutenção desta: caso a barragem se rompa e todos os campos forem alagados, então aquele que ocasionou tal problema deverá ser vendido por dinheiro, e o dinheiro deve substituir os cereais que ele prejudicou com seu desleixo.

54. Se ele não for capaz de substituir os cereais, então ele e suas posses deverão ser divididos entre os agricultores cujos grãos ele alagou.

55. Se alguém abrir seus canais para aguar seus grãos, mas for descuidado, e a água inundar o campo do vizinho, então ele deverá pagar ao vizinho os grãos que este perdeu.

56. Se alguém deixar entrar água, e a água alagar a plantação do vizinho, ele deverá pagar 10 gur de cereais por cada 10 gan de terra.

57. Se um pastor, sem a permissão do dono do campo, e sem o conhecimento do dono do rebanho, deixar as ovelhas entrarem neste campo para pastar, então o dono do campo deverá fazer a colheita de seus grãos, e o pastor que deixou pastar ali seu rebanho sem permissão deverá pagar ao proprietário do campo 20 gur de cereais cada 10 gan.

58. Se após os rebanhos tiverem deixado o campo e este Ter ficado em campo comum perto dos portões da cidade, e qualquer pastor deixar os rebanhos pastar lá, este pastor deverá tomar posse do campo no qual seu rebanho está pastando, e na colheita deverá pagar sessenta gur de cereais por cada dez gan.

59. Se qualquer um, sem o conhecimento do dono do jardim, deixar cair uma árvore, esta pessoa deverá pagar 1/2 mina em dinheiro ao proprietário.

60. Se alguém passar um campo a um jardineiro para ele plantar como jardim, se ele trabalhar nesta área e cuidar dela por quatro anos, no quinto ano o proprietário e o jardineiro devem dividir a terra, o proprietário tomando conta de sua parte a partir de então.

61. Se o jardineiro não tiver completado a plantação do campo, deixando parte sem plantar, esta deve ser assinalada a ele como dele.

62. Se ele não plantar o campo que lhe foi dado como jardim, se for terra arável (para grãos ou sésamo), o jardineiro deverá pagar ao dono para produzir no campo por ano que não produzir, de acordo com o produto dos campos vizinhos, deve colocar o campo em condições de arabilidade e devolvê-lo a seu dono.

63. Se ele transformar terras ruins em campos aráveis e devolver a terra a seu dono, o dono deverá pagar a ele por um ano dez gur por dez gan.

64. Se alguém der seu jardim para um jardineiro trabalhar, o jardineiro deverá pagar ao proprietário 2/3 do produto do jardim, e manter para si o 1/3 restante enquanto a terra estiver em sua posse.

65. Se o jardineiro não trabalhar no jardim e o produto não vingar, o jardineiro deve pagar ao proprietário na proporção dos jardins vizinhos. [Aqui uma parte do texto está faltando, compreendendo trinta e quatro parágrafos]

100. . . . juro pelo dinheiro que tenha recebido, ele dever dar nota, e no dia acordado, pagar ao mercador.

101. Se não existir acordos mercantis no local onde foi, ele deverá deixar todo dinheiro que recebeu com o intermediário para ser dado ao mercador.

102. Se um mercador confiar dinheiro a um agente para algum investimento, e o agente sofrer uma perda, ele deve ressarcir o capital do mercador.

103. Se, quando em viagem, um inimigo levar dele tudo o que tiver, o intermediário deve jurar ante os deuses que não teve culpa no ocorrido e ser absolvido de qualquer culpa.

104. Se um mercador der a um agente cereais, lã, óleo ou quaisquer outros bens para transporte, o agente deve dar um recibo pela quantia, e compensar o mercador de acordo com o devido. Então ele deve obter um recibo do mercador pelo dinheiro que deve ao primeiro.

105. Se o agente for descuidado e não tomar recibo pelo dinheiro que deu ao mercador, ele não poderá considerar o dinheiro não recebido como seu.

106. Se o agente aceitar dinheiro do mercador, mas brigar com ele (o mercador negando o recibo), então o mercador deve jurar ante os deuses que deu dinheiro ao agente, e o agente deverá pagar ao mercador três vezes a soma devida.

107. Se o mercador enganar o agente, devolvendo ao dono o que lhe foi confiado, mas o mercador negar o recebimento do que for devolvido a ele, o agente deve condenar o mercador ante os deuses e juizes, e se ele ainda negar recebimento do que o agente lhe deu, ele deverá pagar seis vezes mais o total ao agente.

108. Se uma dona de taverna não aceitar grãos de acordo com o peso bruto em pagamento por bebida, mas aceitar dinheiro, e o preço da bebida por menor do que o dos grãos, ela deverá ser condenada e atirada na água.

109. Se conspiradores se encontrarem na casa de um dono de taverna, e estes conspiradores não forem capturados e levados à corte, o dono da taverna deverá ser condenado à morte.

110. Se uma irmã de um deus abrir uma taverna ou entrar numa taverna para beber, então esta mulher deverá ser condenada à morte.

111. Se uma estalajadeira fornecer sessenta ka de usakani (bebida) para… ela deverá receber cinqüenta ka de cereais na colheita.

112. Se durante uma jornada, a alguém forem confiados prata, ouro, pedras preciosas ou outra propriedade móvel de outrém, e o dono quiser reaver o que é seu: se este alguém não trouxer toda a propriedade no local apropriado e se apropriar dos bens para seu próprio uso, então esta pessoa deverá ser condenada, e terá de pagar cinco vezes o valor daquilo que foi confiado a ele.

113. Se alguém tiver um depósito de cereais ou dinheiro, e tomar do depósito ou caixa sem o conhecimento do dono, aquele que retirou algo do depósito ou caixa sem o conhecimento do proprietário deve ser legalmente condenado, e pagar os cereais que pegou. Ele deve também perder qualquer comissão que lhe fosse devida.

114. Se alguém tiver uma demanda por cereais ou dinheiro com relação ao outrém e tentar obter o que lhe é devido à força, este alguém deverá pagar 1/3 de mina em prata em cada caso.

115. Se alguém tiver uma demanda por cereais ou dinheiro com relação ao outrém e levar este outrém à prisão: se a pessoa morrer na prisão por causas naturais, o caso se encerra ali.

116. Se o prisioneiro morrer na prisão por mau tratamento, o chefe da prisão deverá condenar o mercador frente ao juiz. Caso o prisioneiro seja um homem livre, o filho do mercador deverá ser condenado à morte; se ele era um escravo, ele deverá pagar 1/3 de uma mina em outro, e o chefe de prisão deve pagar pela negligência.

117. Se alguém não cumprir a demanda por um débito, e tiver de se vender, ou à sua esposa, seu filho e filha por dinheiro ou tiver de dá-los para trabalhos forçados: eles deverão trabalhar por três anos na casa de quem os comprou, ou na casa do proprietário, mas no quarto ano eles deverão ser libertados.

118. Se ele der um escravo ou uma escrava para trabalhos forçados, e o mercador sublocá-los, ou vendê-los por dinheiro, tal ato será permitido.

119. Se alguém não pagar um débito, e vender uma criada que lhe deu filhos, por dinheiro, o dinheiro que o mercador pagou deverá ser devolvido e pago pela liberdade da escrava.

120. Se alguém armazenar cereais por segurança na casa de outrém e danos acontecerem durante a estocagem, ou se o proprietário da casa usar parte dos cereais, ou se especialmente ele negar que os cereais estão armazenados consigo, então o proprietário dos grãos deverá reclamar os cereais ante aos deuses (sob juramento), e o proprietário da casa deverá pagar pelos grãos que tomou para si.

121. Se alguém armazenar cereais na casa de outrém, ele deverá pagar pela armazenagem na taxa de um gur para cada cinco ka de cereais ao ano.

122. Se alguém der a outrém prata, ouro, ou outra coisa qualquer para guardar, isto deverá ser feito ante testemunhas e um contrato, e só então este alguém deve dar seus bens para serem guardados pela pessoa designada.

123. Se ele der seus bens para outrém guardar mas sem a presença de testemunhas ou contrato, se a pessoa que estiver guardando seus bens negar o fato, então o primeiro não poderá reclamar legitimamente o que é seu.

124. Se alguém entregar prata, ouro ou outro bem para ser guardado por outrém ante uma testemunha, mas aquele que estiver guardando estes bens negar o fato, um juiz será chamado, e aquele que negou Ter algo sob sua guarda deverá pagar tudo o que deve ao primeiro.

125. Se alguém colocar sua propriedade com outrém por razões de segurança, e houver roubo, sendo sua propriedade ou a do outro homem perdida, o dono da casa onde os bens estavam sendo guardados deverá pagar uma compensação ao primeiro. O dono da casa deverá tentar por todos os meios recuperar sua propriedade, restabelecendo assim a ordem.

126. Se alguém que não tiver perdido suas mercadorias disser que elas foram perdidas e inventar mentiras, se ele clamar seus bens e extensão dos danos frente aos deuses, ele deverá ser totalmente compensado pelas perdas reclamadas.

127. Se alguém "apontar o dedo" (enganar) a irmã de um deus ou a esposa de outro alguém e não puder provar o que disse, esta pessoa deve ser levada frente aos juizes e sua sobrancelha deverá ser marcada.

128. Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver relações com ela, esta mulher não será esposa dele.

129. Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados dentro d’água, mas o marido pode perdoar a sua esposa, assim como o rei perdoa a seus escravos.

130. Se um homem violar a esposa (prometida ou esposa-criança) de outro homem, o violador deverá ser condenado à morte, mas a esposa estará isenta de qualquer culpa.

131. Se um homem acusar a esposa de outrém, mas ela não for surpreendida com outro homem, ela deve fazer um juramento e então voltar para casa.

132. Se o "dedo for apontado" para a esposa de um homem por causa de outro homem, e ela não for pega dormindo com o outro homem, ela deve pular no rio por seu marido.

133. Se um homem for tomado como prisioneiro de guerra, e houver sustento em sua casa, mas mesmo assim sua esposa deixar a casa por outra, esta mulher deverá ser judicialmente condenada e atirada na água.

134. Se um homem for feito prisioneiro de guerra e não houver quem sustente sua esposa, ela deverá ir para outra casa, e a mulher estará isenta de toda e qualquer culpa.

135. Se um homem for feito prisioneiro de guerra e não houver quem sustente sua esposa, ela deverá ir para outra casa e criar seus filhos. Se mais tarde o marido retornar e voltar à casa, então a esposa deverá retornar ao marido, assim como as crianças devem seguir seu pai.

136. Se fugir de sua casa, então sua esposa deve ir para outra casa. Se este homem voltar e desejar Ter sua esposa de volta, por que ele fugiu, a esposa não precisa retornar a seu marido.

137. Se um homem quiser se separar de uma mulher ou esposa que lhe deu filhos, então ele deve dar de volta o dote de sua esposa e parte do usufruto do campo, jardim e casa, para que ela possa criar os filhos. Quando ela tiver criado os filhos, uma parte do que foi dado aos filhos deve ser dada a ela, e esta parte deve ser igual a de um filho. A esposa poderá então se casar com quem quiser.

138. Se um homem quiser se separar de sua esposa que lhe deu filhos, ele deve dar a ela a quantia do preço que pagou por ela e o dote que ela trouxe da casa de seu pai, e deixá-la partir.

139. Se não tiver havido preço de compra, ele deverá dar a ela uma mina em outro como presente de libertação..

140. Se ele for um homem livre, deverá dar a ela 1/3 de uma mina em ouro.

141. Se a esposa de um homem, que vive em sua casa, desejar partir, mas incorrer em débito e tentar arruinar a casa deste homem, negligenciando-o, esta mulher deverá ser condenada. Se seu marido oferecer-lhe a liberdade, ela poderá partir, mas ele poderá nada lhe dar em troca. Se o marido não quiser dar a liberdade a esta mulher, esta deverá permanecer como criada na casa de seu marido.

142. Se uma mulher brigar com seu marido e disser "Você não é compatível comigo", as razões do desagrado dela para com ele devem ser apresentadas. Caso ela não tiver culpa alguma e não houver erro de conduta no seu comportamento, ela deverá ser eximida de qualquer culpa. Se o marido for negligente, a mulher será eximida de qualquer culpa, e o dote desta mulher deverá ser devolvido, podendo ela voltar para casa de seu pai.

143. Se ela não for inocente, mas deixar seu marido e arruinar sua casa, negligenciando seu marido, esta mulher deverá ser jogada na água.

144. Se um homem tomar uma esposa e esta der ao seu marido uma criada, e esta criada tiver filhos

dele, mas este homem desejar tomar outra esposa, isto não deverá ser permitido, e que ele não possa tomar uma segunda esposa.

145. Se um homem tomar uma esposa e esta não lhe der filhos, e a esposa não quiser que o marido tenha outra esposa, se ele trouxer uma segunda esposa para a casa, a segunda esposa não deve ter o mesmo nível de igualdade do que a primeira.

146. Se um homem tomar uma esposa e ela der a este homem uma criada que tiver filhos deste homem, então a criada assume posição de igualdade com a esposa. Porque a criada deu filhos a seu patrão, ele não pode vendê-la por dinheiro, mas ele pode mantê-la como escrava, entre os criados da casa. 147. Se ela não tiver dado filhos a este homem, então sua patroa poderá vendê-la por dinheiro.

148. Se um homem tomar uma esposa, e ela adoecer, se ele então desejar tomar uma Segunda esposa, ele não deverá abandonar sua primeira esposa que foi atacada por uma doença, devendo mantê-la em casa e sustentá-la na casa que construiu para ela enquanto esta mulher viver.

149. Se esta mulher não desejar permanecer na casa de seu marido, então ele deve compensá-la pelo dote que ela trouxe consigo da casa de seu pai, e então ela poderá ir-se embora.

150. Se um homem der à sua esposa um campo, jardim e casa e um dote, e se após a morte deste homem os filhos nada exigirem, então a mãe pode deixar os bens para os filhos que preferir, não precisando deixar nada para os irmãos do falecido.

151. Se uma mulher que viveu na casa de um homem fizer um acordo com seu marido que nenhum credor pode prendê-la, ela tendo recebido um documento atestando este fato. Se tal homem incorrer em débito, o credor não poderá culpar a mulher por tal fato. Mas se a mulher, antes de entrar na casa deste homem, tenha contraído um débito, seu credor não pode prender o marido por tal fato.

152. Se após a mulher Ter entrado na casa deste homem, ambos contraírem um débito, ambos devem pagar ao mercador.

153. Se a esposa de um homem tiver matado por outro homem a esposa de outrém, os dois deverão ser condenados à morte.

154. Se um homem for culpado de incesto com sua filha, ele deverá ser exilado.

155. Se um homem prometer uma donzela a seu filho e seu filho ter relações com ela, mas o pai também tiver relações com a moça, então o pai deve ser preso e ser atirado na água para se afogar.

156. Se um homem prometer uma donzela a seu filho, sem que seu filho a conheça, e se então ele a deflorar, ele deverá pagar a ela ½ mina em outro, e compensá-la pelo que fez a casa do pai dela. Ela poderá casar com o homem de seu coração.

157. Se alguém for culpado de incesto com sua mãe depois de seu pai, ambos deverão ser queimados.

158. Se alguém for surpreendido por seu pai com a esposa de seu chefe, este alguém deverá ser expulso da casa de sul pai.

159. Se alguém trouxer uma amante para dentro da casa de seu sogro, e, tendo o pago o preço de compra, disser para o sogro " Não quero mais sua filha", o pai da moça deverá ficar com todos os bens que este alguém tenha trazido consigo.

160. Se alguém trouxer uma amante para dentro da casa de seu sogro, e, tendo o pago o preço de compra, (por sua esposa), e se o pai da moça disser a ele "Eu não te darei minha filha", o homem terá de devolver a moça a seu pai.

161. Se um homem trouxer uma amante para a casa de seu sogro e tiver pago o "preço de compra", se então seu amigo o enganar [com a moça] e seu sogro disser ao jovem esposo "Você não deve se casar com minha filha", a este jovem deve ser dado de volta tudo o que trouxe consigo, sendo que o amigo não poderá se casar com a moça

162. Se um homem casar com uma mulher, e esta lhe der filhos, se esta mulher falecer, então o pai dela não terá direito ao dote desta moça, pois tal dote pertencerão aos filhos dela.

163. Se um homem casar com uma mulher, e esta não lhe der filhos, se esta mulher morrer,e se o preço de compra que ele pagou para seu sogro for pago ao sogro, o marido não terá direito ao dote desta mulher, pois ele pertencerá à casa do pai dela.

164. Se seu sogro não pagar a este homem a quantia do "preço de compra", ele deverá subtrair a quantia relativa ao preço de noiva do dote e então pagar o remanescente ao pai da esposa falecida.

165. Se um homem der a um dos filhos que prefere um campo, um jardim e uma casa, se mais tarde o pai morrer, e os irmãos dividirem a propriedade, então os irmãos devem dar em primeiro lugar o presente do pai ao irmão, dividindo o restante da propriedade paterna entre si.

166. Se um homem tomar esposas para seu filho, mas nenhuma esposa para seu filho menor, e então se este homem morrer: se os filhos dividirem seus bens, eles devem deixar de lado uma parte do dinheiro para "o preço de compra" para o irmão menor que ainda não tomou esposa, e assegurar uma esposa para si.

167. Se um homem casar com uma mulher e ela der-lhe filhos: caso esta mulher morrer e ele tomar outra esposa e esta Segunda esposa der-lhe filhos: se o pai morrer, então os filhos não devem repartir a propriedade de conforme as mães que tiverem. Eles devem dividir os dotes de suas mães da seguinte forma: os bens do pai devem ser divididos igualmente entre todos eles.

168. Se um homem desejar expulsar seu filho para fora de sua casa e declarar frente ao juiz que "Quero expulsar meu filho de casa", então o juiz deve examinar as razões deste homem. Se o filho for culpado de falta pequena, então o pai não deve expulsá-lo.

169. Se ele for culpado de falta grave, pela qual deve ser cortada a relação filial, caso esta falta ocorrer pela primeira vez, o pai deverá perdoar o filho; mas se este for culpado por ofensa grave pela Segunda vez, então o pai pode acabar com a relação filial que tem com seu filho.

170. Se uma esposa der filhos a um homem, assim como a criada deste homem tiver tido filhos dele, e o pai destas crianças enquanto vivo tiver reconhecido estes filhos, caso este pai falecer, então os filhos da esposa e da criada devem dividir os bens paternos entre si. O filho da esposa é quem deve fazer a divisão e efetuar as escolhas.

171. Se, entretanto, este pai não tiver reconhecido seus filhos com a criada, e então vier a falecer, os filhos da criada não deverão compartilhar os bens paternos com os filhos da esposa, mas a eles e sua mãe será garantida a liberdade. Os filhos da esposa não terão o direito de escravizar os filhos da criada.

A esposa deve tomar seu dote (dado por seu pai) e os presentes que seu marido lhe deu (separados do dote, ou o dinheiro de compra pago a seu pai), podendo a esposa viver na casa do marido por toda vida, desde que use a casa e não a venda. O que a esposa deixar, deve pertencer a seus filhos e filhas.

172. Se seu marido não lhe deu presentes, a esposa deverá receber uma compensação como parte da herança do marido, igual a de um filho. Se os filhos dela forem maus e a forçarem para fora de casa, o juiz deve examinar o caso, e se os filhos estiverem em falta, a mulher não deverá deixar a casa de seu marido. Se ela desejar deixar a casa, ela deve deixar a seus filhos os presentes que recebeu do falecido marido, mas poderá levar seu dote consigo. Então ela poderá casar com o homem de seu coração.

173. Se esta mulher der filhos ao seu segundo marido, e então morrer, então os filhos do casamento anterior e os filhos do casamento atual devem dividir o dote de sua mãe entre si.

174. Se ela não tiver filhos do segundo marido, os filhos do primeiro marido deverão herdas o dote.

175. Se um escravo do estado ou o escravo de um homem livre casar com a filha de um homem livere, e nascerem filhos, o dono do escravo não terá o direito de escravizar os filhos e filhas deste.

176. Se, entretanto, um escravo do estado ou escravo de um homem livre casar com a filha de um homem livre, e após o casamento ela trouxer um dote da casa de seu pai, se então os dois gozarem deste dote e fundarem um lar, e acumularem meios, se então o escravo morrer, a esposa deve tomar o dote para si e tudo o que ela e seu marido trabalharam para obter; ela deverá dividir os bens em duas partes? 1/2 para o dono do escravo e a outra metade para seus filhos.

177. Se uma viúva, cujos filhos forem pequenos, desejar entrar para uma outra casa (casar-se novamente), ela não deverá fazer isto sem o conhecimento do juiz. Se ela entrar numa outra casa, o juiz deve examinar o estado da casa de seu primeiro marido. Então a casa do primeiro marido será dada em confiança ao segundo marido e a viúva será a sua administradora. Um registro deve ser feito do ocorrido. Esta mulher deverá manter a casa em ordem, criar as crianças que houverem e não vender o que estiver dentro da casa. Aquele que comprar os utensílios dos filhos de uma viúva deverá perder seu dinheiro, e os bens restituídos a seus donos.

178. Se uma mulher devotada ou uma sacerdotisa, a quem o pai tenha dado um dote e um bem, mas se neste bem não esteja dito que ela possa dispor dele como bem o quiser, ou que tenha direito de fazer o que bem entender com o bem, e então morrer seu pai, então os irmãos dela devem manter para esta moça o campo e o jardim, dando a ela cereais, óleo e leite, de acordo com a porção que lhe for devida, para satisfazer à irmã. Se os irmãos dela não lhe derem cereais, óleo e leite de acordo com a cota dela, então o campo e o jardim devem dar o sustento a esta moça. Ela deve Ter o usufruto do campo e do jardim e de tudo o que seu pai lhe deixou, ao longo de toda vida, mas ela não pode vender suas propriedades para outros. Sua posição de herança deve pertencer a seus irmãos.

179. Se uma "irmã de um deus" ou sacerdotisa receber um presente de seu pai, e estiver explicitamente escrito que ela pode dispor deste bem conforme seus desejos, caso o pai venha a falecer, então ela poderá deixar a propriedade para quem ela quiser. Os irmãos desta moça não terão direito de levantar queixa alguma a respeito dos direitos da moça.

180. Se um pai der um presente para sua filha – que possa casar ou não, uma sacerdotisa – e então morrer, ela deverá receber sua porção dos bens do pai, e gozar de seu usufruto enquanto viver. Sua propriedade, porém, pertence aos irmãos dela.

181. Se um pai der sua filha como donzela do templo ou virgem do templo aos deuses e não lhe der presente algum, se este pai morrer, então a moça deve receber 1/3 de sua parte como filha da herança de seu pai e gozar o usufruto enquanto viver. Mas sua propriedade pertence a seus irmãos.

182. Se um pai der sua filha como esposa de Marduk da Babilônia e não lhe der presente algum, se o pai desta moça morrer, então ela deverá receber 1/3 de sua parte como filha de seu pai, mas Marduk pode deixar a propriedade dela para quem ela o desejar.

183. Se um homem der à sua filha por uma concubina um dote, um marido e um lar, se este pai morrer, então a moça não deverá receber bem algum das posses de seu pai.

184. Se um homem não der dote à sua filha por uma concubina: caso este pai morrer, seu irmão deverá dar a ela um dote, de acordo com as posses de seu pai, assegurando um marido para esta moça.

185. Se um homem adotar uma criança e der seu nome a ela como filho, criando-o, este filho crescido não poderá ser reclamado por outrém.

186. Se um homem adotar uma criança e esta criança ferir seu pai ou mãe adotivos, então esta criança adotada deverá ser devolvida à casa de seu pai.

187. O filho de uma concubina a serviço do palácio ou de uma hierodula não pode ser pedido de volta.

188. Se um artesão estiver criando uma criança e ensinar a ela sua habilitação, a criança não poderá ser devolvida.

189. Se ele não tiver ensinado à criança sua arte, o filho adotado poderá retornar à casa de seu pai.

190. Se um homem não sustentar a criança que adotou como filho e criá-lo com outras crianças, então o filho adotivo pode retornar à casa de seu pai.

191. Se um homem, que tenha adotado e criado um filho, fundado um lar e tido filhos, desejar desistir de seu filho adotivo, este filho não deve simplesmente desistir de seus direitos. Seu pai adotivo deve dar-lhe parte da legítima, e só então o filho adotivo poderá partir, se quiser. Ele não deve dar, porém, campo, jardim ou casa a este filho.

192. Se o filho de uma amante ou prostituta disser ao seu pai ou mãe adotivos: "Você não é meu pai ou minha mãe", ele deverá Ter sua língua cortada.

193. Se o filho de uma amante ou prostituta desejar a casa de seu pai, e desertar a casa de seu pai e mãe adotivos, indo para casa de seu pai, então o filho deverá Ter seu olho arrancado.

194. Se alguém der seu filho para uma ama (babá) e a criança morrer nas mãos desta ama, mas a ama, com o desconhecimento do pai e da mãe, cuidar de outra criança, então eles devem acusá-la de estar cuidando de uma outra criança sem o conhecimento do pai e da mãe. O castigo desta mulher será Ter os seus seios cortados.

195. Se um filho bater em seu pai, ele terá suas mãos cortadas.

196. Se um homem arrancar o olho de outro homem, o olho do primeiro deverá ser arrancado [Olho por olho].

197. Se um homem quebrar o osso de outro homem, o primeiro terá também seu osso quebrado.

198. Se ele arrancar o olho de um homem livre, ou quebrar o osso de um homem livre, ele deverá pagar uma mina em ouro.

199. Se ele arrancar o olho do escravo de outrém, ou quebrar o osso do escravo de outrém, ele deve pagar metade do valor do escravo.

200. Se um homem quebrar o dente de um seu igual, o dente deste homem também deverá ser quebrado [ Dente por dente];

201. Se ele quebrar o dente de um homem livre, ele deverá pagar 1/3 de uma mina em ouro. 202. Se alguém bater no corpo de um homem de posição superior, então este alguém deve receber 60 chicotadas em público.

203. Se um homem que nasceu livre bater no corpo de outro homem seu igual, ele deverá pagar uma mina em ouro.

204. Se um homem livre bater no corpo de outro homem livre, ele deverá pagar 10 shekels em dinheiro.

205. Se o escravo de um homem livre bater no corpo de outro homem livre, o escravo deverá Ter sua orelha arrancada.

206. Se durante uma briga um homem ferir outro, então o primeiro deve jurar que "Eu não o feri de propósito" e pagar o médico para aquele a quem machucou.

207. Se o homem morrer deste ferimento, aquele que o feriu deve proferir o mesmo juramento, e se o falecido tiver sido um homem livre, o outro deverá pagar 1/2 mina de ouro em dinheiro.

208. Se ele era um homem liberto, ele deverá pagar 1/3 de uma mina.

209. Se um homem bater numa mulher livre e ela perder o filho que estiver esperando, ele deverá pagar 10 shekels pela perda dela.

210. Se a mulher morrer, a filha deste homem deve ser condenada à morte.

211. Se uma mulher de classe livre perder seu bebê por terem batido nela, a pessoa que bateu deverá pagar cinco shekels em dinheiro à mulher.

212. Se esta mulher morrer, ele deverá pagar 1/2 mina.

213. Se ele bater na criada de um homem, e ela perder seu bebê, ele deverá pagar 2 shekels em dinheiro.

214. Se esta criada morrer, ele deverá pagar 1/3 de mina.

215. Se um médico fizer uma grande incisão com uma faca de operações e curar o paciente, ou se ele abrir um tumor (em cima do olho) com uma faca de operações, e salvar o olho, o médico deverá receber 10 shekels em dinheiro.

216. Se o paciente for um homem livre, ele receberá cinco shekels.

217. Se ele for o escravo de alguém, seu proprietário deve dar ao médico 2 shekels.

218. Se um médico fizer uma larga incisão com uma faca de operações e matar o paciente, ou abrir um tumor com uma faca de operações e cortar o olho, suas mãos deverão ser cortadas.

219. Se um médico fizer uma larga incisão no escravo de um homem livre, e matá-lo, ele deverá substituir o escravo por outro.

220. Se ele tiver aberto o tumor com uma faca de operações e Ter tirado o olho (do tumor) ele deverá ser pago a metade do valor contratado.

221. Se um médico curar um osso quebrado ou uma parte maleável do corpo humano, o paciente deverá pagar ao médico cinco shekels em dinheiro.

222. Se ele for um homem libertado, ele deverá pagar três shekels.

223. Se ele for um escravo, seu dono deverá pagar ao médico dois shekels.

224. Se um cirurgião veterinário fizer uma operação importante num asno ou boi e efetuar a cura, o proprietário deverá pagar ao veterinário 1/6 de um shekel como honorário.

225. Se um cirurgião veterinário fizer uma operação importante num asno ou boi e matar o animal, ele deverá pagar ao dono 1/4 do valor do animal que morreu.

226. Se um barbeiro, sem o conhecimento de seu dono, cortar o sinal de escravo num escravo que não seja para ser vendido, as mãos deste barbeiro deverão ser decepadas.

227. Se alguém enganar um barbeiro, e fazê-lo marcar um escravo que não está à venda com o sinal de escravo, este alguém deverá ser condenado à morte, e enterrado na sua casa. O barbeiro deverá jurar

"Eu não fiz esta ação de propósito" para ser eximido de culpa.

228. Se um construtor construir uma casa para outrem e completá-la, ele deverá receber dois shekels em dinheiro por cada sar de superfície.

229 Se um construtor construir uma casa para outrem, e não a fizer bem feita, e se a casa cair e matar seu dono, então o construtor deverá ser condenado à morte.

230. Se morrer o filho do dono da casa, o filho do construtor deverá ser condenado à morte.

231. Se morrer o escravo do proprietário, o construtor deverá pagar por este escravo ao dono da casa.

232. Se perecerem mercadorias, o construtor deverá compensar o proprietário pelo que foi arruinado, pois ele não construiu a casa de forma adequada, devendo reerguer a casa às suas próprias custas.

233. Se um construtor construir uma casa para outrém, e mesmo a casa não estando completa, as paredes estiveram em falso, o construtor deverá às suas próprias custas fazer as paredes da casa sólidas e resistentes.

234. Se um armador construir um barco de 60 gur para outrém, ele deve ser pago uma taxa de 2 shekels em dinheiro.

235. Se um armador (construtor de navios) construir um barco para outrém, e não fizer um bom serviço, se durante o mesmo ano aquele barco ficar à deriva ou for seriamente danificado, o armador deverá consertar o barco às suas próprias custas. O barco consertado deve ser restituído ao dono intacto.

236. Se um homem alugar seu barco para um marinheiro, e o marinheiro for descuidado, danificando o barco ou perdendo-o à deriva, o marinheiro deve dar ao dono do barco outro barco como compensação.

237. Se um homem contratar um marinheiro e seu barco, e dotá-lo de roupas, óleo, tâmaras e outras coisas do tipo necessário e/ou adequado para a embarcação; se o marinheiro for descuidado, o barco danificado, e seu conteúdo arruinado, então o marinheiro deve compensar o proprietário pelo barco que foi danificado e por todo seu conteúdo.

238. Se um marinheiro estragar a nau de outrém, mas tentar salvá-la, ele deverá pagar a metade do valor da nau em dinheiro.

239. Se um homem alugar um marinheiro, tal homem deverá pagar ao marinheiro seis gur de cereais por ano

240. Se um mercador for de encontro a um navio mercante e danificá-lo, o mestre do navio que foi danificado deve procurar justiça frente aos deuses; aquele que danificou o navio deve compensar o dono do barco por tudo o que foi danificado.

241. Se alguém forçar o gado a fazer trabalho forçado, ele deve pagar 1/3 de mina em dinheiro.

242. Se alguém contratar gado por um ano, ele deverá pagar 4 gur de cereais por gado a ser usado para arar a terra.

243. Como aluguel pelo rebanho de gado, ele deverá pagar 3 gur de cereais ao proprietário.

244. Se alguém contratar um boi ou um asno, e o animal for morto por um leão, a perda será do proprietário.

245. Se alguém contratar gado, e animais morrerem por mal tratamento, a pessoa deverá compensar o proprietário, animal por animal.

246. Se um homem contratar um boi e este animal tiver sua perna quebrada ou cortado o ligamento do pescoço, este homem deve compensar o proprietário com outro boi [boi por boi, cabeça por cabeça].

247. Se alguém contratar um boi, e este Ter seu olho arrancado, este alguém terá de pagar ao proprietário 1/3 do valor do boi.

248. Se alguém contratar um animal, e este tiver seu chifre quebrado ou a cauda cortada ou o focinho ferido, a pessoa deverá pagar 1/4 do valor do animal para o proprietário em dinheiro.

249. Se alguém contratar um animal e os deuses matarem-no, o homem que assinou o contrato deverá jurar pelos deuses que não é culpado por tal fato.

250. Se quando o animal estiver passando na rua, alguém puxá-lo e em decorrência deste fato o animal matar uma pessoa, o proprietário não poderá fazer queixas contra o ocorrido.

251. Se o animal for selvagem, e provar que assim o é, e não tiver seus chifres ligados ou estiver sempre na canga, e o animal matar um homem livre, o dono deverá pagar 1/2 de mina em dinheiro.

252. Se ele matar o escravo de alguém, deverá pagar 1/3 de uma mina.

253. Se alguém fizer um acordo com outrém para cuidar de seu campo, der-lhe semente, confiar-lhe gado e fazê-lo cultivar a terra, e esta pessoa roubar os cereais ou plantas, tomando-os para si, as mãos deste indivíduo deverão ser cortadas.

254. Se ele pegar para si as sementes de cereais, e não usar o gado, tal homem deverá compensar o proprietário pelos cereais usados.

255. Se ele sublocar o melhor do gado ou as sementes de cereais, nada plantando no campo, ele deverá ser condenado, e por cada 100 gan ele deverá pagar 60 gur de cereais.

256. Se sua comunidade não pagar por ele, então ele deverá ser posto no campo com o gado (para trabalhar).

257. Se alguém contratar um trabalhador, ele deve receber 8 gur de cereais por ano.

258. Se alguém contratar um carreteiro, ele deve receber 6 gur de cereais por ano.

259. Se alguém roubar a um moinho do campo, ele deverá pagar cinco shekels em dinheiro ao proprietário.

260. Se alguém roubar um shadduf (usado para retirar água de um rio ou canal) ou um arado, ele deverá pagar 3 shekels em dinheiro.

261. Se alguém contratar um pastor para gado ou ovelhas, o pastor deverá receber 8 gur cereais por ano.

262. Se alguém, uma vaca ou ovelhas . . .

263. Se ele matar o gado ou ovelhas que leh foram dados, ele deverá compensar o proprietário com gado por gado, ovelha por ovelha.

264. Se um pastor a quem foram dados gado e ovelhas para cuidar e que tenha recebido o que lhe é devido, e estiver satisfeito, diminuir o número de ovelhas ou gado, ou fizer menor a taxa de natalidade destes animais, ele deve apresentar compensações pelas perdas ou ganhos para que nada se perca no contrato celebrado.

265. Se um pastor a quem foram dados gado e ovelhas para cuidar, for culpado de fraude ou negligência com relação ao crescimento natural do rebanho, ou se ele vender os rebanhos por dinheiro, ele deverá ser então condenado e pagar ao proprietário dez vezes mais o valor das perdas.

266. Se um animal for morto no estábulo pela vontade de Deus (um acidente), ou se for morto por leão, o pastor deve declarar sua inocência ante Deus, e o proprietário arcará com as perdas do estábulo.

267. Se o pastor se descuidar, e um acidente acontecer no estábulo, então o pastor incorre em falta pelo acidente que causou, e deve compensar o proprietário pelo gado ou ovelhas.

268. Se alguém contratar um boi para a debulha, o pagamento pela contratação será de 20 ka de cereais.

269. Se ele contratar um asno para a debulha, o preço da contratação será de 20 ka de cereais

270. Se ele contratar um animal jovem para a debulha, o preço será 10 ka de cereais.

271. Se alguém contratar gado, carretas e carreteiro, ele deverá pagar 180 ka de cereais por dia.

272. Se alguém contratar somente uma carreta, ele deverá pagar 40 ka de cereais por dia. 273. Se alguém contratar um trabalhador, ele deverá pagar este trabalhador do Ano Novo até o quinto mês (abril a agosto), quando os dias são longos e o trabalho duro, seis gerahs em dinheiro por dia; a partir do sexto mês, até o final do ano, ele deverá dar ao trabalhador cinco gerahs por.

274. Se alguém contratar um artesão habilidoso, ele deverá pagar como salário de ….. cinco gerhas, de ….. gerahs como salário para um ceramista, de alfaiate cinco gerahs, de um artesão de cordas quatro gerahs, de um construtor…. gerahs por dia. 275. Se alguém alugar uma nau para fretes, ele deverá pagar 3 gerahs em dinheiro por dia.

276. Se ele alugar uma nau para fretes, ele deverá pagar 2 ½ gerhas por dia. 277. Se alguém alugar uma nau de 60 gur, ele deverá pagar 1/6 de um shekel como aluguel por dia.

275. Se alguém alugar um barco mercante, ele deverá pagar 3 gerahs por dia.

276. Se alguém alugar um navio de frete, ele deverá pagar 2 1/2 gerahs por dia.

277. Se alguém alugar um navio de sessenta gur, ele deverá pagar 1/6 de shekel em dinheiro de aluguel por dia.

278. Se alguém comprar um escravo homem ou mulher, e antes de um mês Ter se passado, aparecer a doença de bens, este alguém deverá devolver o escravo ao vendedor, e receber todo dinheiro que pagou por tal escravo.

279. Se alguém comprar um escravo homem ou mulher, e uma terceira parte reclamar da compra, o vendedor deverá responder pelo ocorrido.

280. Se quando num país estrangeiro um homem comprar um escravo homem ou mulher que pertencer a outra pessoa de seu próprio país, quando este retornar ao seu país e o dono reconhecer seus escravos, caso os escravos forem nativos daquele país, este alguém deverá restituir os escravos sem receber nada em troca.

281. Se os escravos forem de outro país, o comprador deverá declarar a quantia de dinheiro paga ao mercador, e manter o escravo ou escrava consigo.

282. Se um escravo disser a seu patrão "Não és meu mestre", e for condenado, seu mestre deve cortar a orelha do escravo.

Epílogo das Leis de justiça que Hamurabi, o rei sábio, estabeleceu. Uma lei de direito, estatuto piedoso ele ensinou à terra. Hamurabi, o rei protetor sou eu. Não me eximi dos homens, quando Bel me concedeu tal tarefa, com o poder que Marduk a mim concedeu, não fui negligente, mas fiz deste um instrumento da paz. Expus todas as grandes dificuldades, fazendo a luz brilhar sobre elas. Com as armas poderosas que Zamama e Ishtar a mim confiaram, com a visão apurada que a mim foi dada por Enki, com a sabedoria que me foi contemplada por Marduk, tenho derrotado os inimigos das alturas e das profundezas (ao norte e ao sul), dominado a terra, trazido prosperidade, garantido a segurança das pessoas em suas casas, pois os que perturbam a ordem não são permitidos. Os grandes deuses me chamaram, sou o pastor que traz a salvação, cujo bordão é ereto, a boa sombra que se espalha sobre minha cidade. Do fundo do meu coração, amo a todos os habitantes da terra da Suméria e Acádia; em meu refúgio, deixo-os repousar em paz, na minha profunda sabedoria eu os protejo. Para que o forte não prejudique o mais fraco, a fim de proteger as viúvas e os órfãos, ergui a Babilônia, a cidade onde Anu e Bel reinam poderosos, no Esagila, o Templo, cujas fundações são tão firmes quanto o céu e a terra, para falar de justiça a toda terra, para resolver todas as disputas e sanar todos os ferimentos, elaborei estas palavras preciosas, escritas sobre meu memorial de pedra, ante minha imagem, como rei de tudo o que é certo e direito. O rei que governa dentre os reis das cidades, este sou eu. Minhas palavras são tidas em alta conta; não há sabedoria que à minha se compare. Pelo comando de Shamash, o grande juiz do céu e da terra, que a retidão se espalhe por sobre a terra; por ordem de Marduk, meu senhor, que a destruição não toque meu monumento. No Esagila, que adoro, que meu nome seja para sempre repetido; que o oprimido que tenha um caso com a lei, venha e fique diante desta minha imagem como rei da retidão; que ele leia a inscrição e compreenda minhas palavras preciosas. A inscrição irá explicar seu caso para ele; ele irá descobrir o que é justo, seu coração se alegrará, e ele dirá: "Hamurabi é um governante que é um pai para seus súditos, reverente às palavras de Marduk, que obtém vitórias para Marduk de Norte a Sul, que alegra o coração de Marduk, seu senhor, que concedeu dons perenes para seus súditos e estabeleceu a ordem na terra. Quando ele ler os registros, que ele faça uma prece de todo coração para Marduk, meu senhor, e Zarpanit, minha senhora; e então, que os deuses e deusas protetores, que freqüentam o Esagila, graciosamente concedam os desejos apresentados aqui diarimente diante de Marduk, meu senhor e Zarpanit, minha senhora. No futuro, através das gerações vindouras, que o rei deste tempo observe as palavras de retidão que escrevi no meu monumento; que ele não altere a lei que dei a esta terra, os éditos que redigi, e que meu monumento não pertença ao esquecimento.

Se tal governante tiver sabedoria e for capaz de manter a ordem nesta terra, ele deverá observar as palavras que tenho escrito nesta inscrição; as regras, estatutos e leis da terra me foram dadas; as decisões que tomei serão mostradas por esta inscrição; que tal monarca governe seus súditos da mesma forma, que fale da justiça para seu povo, que tome as decisões certas, elimine os delinqüentes e criminosos da terra, e garanta prosperidade a seus súditos. Hamurabi, o rei de tudo o que é correto, a quem Shamash conferiu as leis, este sou eu. Minhas palavras são levadas em consideração, meus feitos são inigualáveis; para rebaixar aqueles que se consideravam poderosos em vão, para humilhar os orgulhosos, acabar com a insolência. Se um futuro monarca prestar atenção às minhas palavras, agora escritas nesta minha inscrição, se ele não anular minhas leis, nem corromper minhas palavras, nem mudar meu monumento, então que Shamash aumente o reinado deste rei, assim como Ele o fez de mim o rei da retidão, para que este monarca reine com justiça sobre seus súditos. Se este governante não tiver alta conta minhas palavras, aquelas que escrevi na minha inscrição, se ele desprezar as minhas maldições e não temer a cólera de Deus, se ele destruir a lei que me foi dada, corromper minhas palavras, alterar meu monumento, apagar meu nome, escrever seu nome no lugar do meu, ou não prestando atenção às maldições fazer com que outro execute todas estas ações, este homem, não importa que seja rei ou governante, sacerdote um leigo, não importa o que seja, que o grande Deus Anu, o pai dos deuses, que ordenou que eu governasse, retire deste homem a glória da realeza, que Ele quebre o cetro deste rei, e amaldiçoe seu destino. Que Bel, o deus que fixou o destino, cujo comando não pode ser alterado, que fez meu reino grandioso, ordene uma rebelião que a mão deste monarca não possa controlar, que o vento derrube sua habitação, que ele passe anos no poder em lamentações, anos de escassez, anos de fome, escuridão sem luz, morte de olhos que tudo vêem venham ao encontro deste homem. Que Bel ordene com sua boca potente a destruição da cidade deste rei, a Que dispersão de seus súditos, a redução de seu governo, a remoção de seu nome da memória da terra. Que Belit, a grande Mãe, cujo comando é potente no E-Kur , a Senhora que graciosamente ouve minhas petições, no assento do julgamento e das decisões (onde Bel fixa os destinos), torne os assuntos deste rei desfavoráveis frente a Bel, e faça acontecer a devastação na terra deste rei, destruindo seus súditos. Que Ea, o grande governante, cujos decretos dos destinos da criação são acatados, o pensador dos deuses, o omnisciente, que faz longos os dias da minha vida, retire a compreensão e a sabedoria deste rei, que enfraqueça a sua memória, feche seus rios em suas nascentes, e não deixe o cereais ou grãos nascerem para que a humanidade cresça em sua terra. Que Shamash, o grande juiz dos céu e da terra, que dá sustentação a todos os tipos de existência, senhor da Coragem de Viver, estilhasse o seu domínio, anule a sua lei, destrua seus desígnios, que a marcha de suas tropas seja a da derrota. Que a este monarca sejam enviadas visões que prenunciem o desgaste das fundações de seu trono e a destruição de sua terra. Que a condenação de Shamash caia sobre ele, que a ele falte água mais que todos os outros seres vivos, e que seu espírito seja o mais baixo da terra. Que Sin, o deus da lua, o Senhor dos Céus, o pai divino, cujo crescente dá luz mais do que todos os outros deuses, leve-lhe a coroa e o trono; que tal monarca tenha a marca da culpa sobre si, grande decadência e que nada seja mais baixo do que ele. Que seus anos de governo sejam marcados por lágrimas e suspiros, que a vida seja-lhe tal qual a morte. Que Adad, o senhor da prosperidade, regente do céu e da terra, meu perene auxílio, retire deste monarca a chuva dos céus e as águas dos lagos, destruindo sua terra pela fome e ganância; que tal rei cause o furor de sua cidade, que se transforme em ruínas. Que Zamama, o grande guerreiro, o primogênito do E-kur, que está à minha direita, estilhace suas armas no campo de batalha, que Zamama torne o dia em noite para ele, e deixe os inimigos de tal monarca triunfarem sobre ele. Que Ishtar, a deusa das lutas e da guerra, que protege minhas armas, meu gracioso espírito protetor, que ama meus domínios, amaldiçoe seu reino com um coração raivoso; que na sua grande ira, ela transforme as sorte deste rei em desgraça e estilhace as armas dele no campo de batalha e na guerra. Que Ishtar crie desordem e desunião para ele, que ela destrua seus guerreiros, para que a terra beba do sangue deles e faça surgir pilhas de corpos de tais guerreiros nos campos. Que minha adorada Ishtar não garanta a tal rei uma vida de misericórdia, que ela o coloque nas mãos de seus inimigos e que faça com que tal rei seja feito prisioneiro nas terras de seus inimigos. Que Nergal, o poderoso dentre os deuses, cujas força é irresistível, que me concedeu inúmeras vitórias, no seu poder queime os súditos de tal rei, cortando seus membros com armas poderosas, reduzindo-o a uma imagem de argila. Que Nintu, a sublime deusa de nossa terra, a Grande Mãe, negue-lhe um filho, que ele não tenha um sucessor entre os homens. Que Nin-karak, a filha de Anu, que me concedeu tantas graças, faça com que seus membros ardam de febre no Ekur, que ele sofra de sérias feridas que não possam ser curadas, e cuja natureza os médicos não possam entender ou tratar com ataduras, e tal monarca, como se mordido pela morte, não possa ser tratado. Que ele lamente a perda da vitalidade, e que os grandes deuses do céu e da terra, os Anunaki, amaldiçoem os confins do templo, as paredes de seu Ebara (o templo do Sol em Sipar), que seus guerreiros, súditos e suas tropas pereçam. Que Bel o amaldiçoe com as maldições poderosas de sua boca, maldições estas que não podem ser alteradas.

Tags:Código de Hamurabi, Hammurabi, Leis de Hamurabi

DEUS DE ISHTAR

ISHTAR, DEUSA DA FERTILIDADE


ISHTAR, DEUSA DA FERTILIDADE (adaptação da Deusa Suméria Inanna)

A DEUSA-LUA cujo culto foi mais disseminado na Antiguidade foi Ishtar da Babilônia. Foi também Astarte em Canaã, Atar na Mesopotâmia, Astar em Moab, Estar na Abissínia e Astarte na Grécia. Entretanto, Deméter parece ser o termo genérico para qualquer manifestação desta grande deusa poderosa, a "Magna Dea do Oriente".

Ishtar, a deusa da lua babilônica, era relacionada com nascentes e com o orvalho. O orvalho é símbolo de fertilidade, e na Idade Média um banho de orvalho era frequentemente prescrito como feitiço de amor. Mas, esta deusa, também ficou conhecida como Rainha-da-poeira e Soberana-do-campo.

No Egito, sua contraparte era Ísis, cujo culto espalhou-se até a Grécia e Roma e continuou a florescer nos primeiros séculos da época cristã.

Ishtar é a personificação da força da natureza que tanto dá quanto tira a vida. É a Mãe de todos, Deméter de muitos seios. Carrega outros títulos como: Brilho-prateado, Produtora de sementes e Grávida. É a deusa da fertilidade que doa o poder de reprodução e crescimento aos campos e para todos os animais, inclusive para nós homens. Através de uma transição natural, torna-se a deusa do amor sexual e protetora das prostitutas. É aquela que abre o útero, o único refúgio das mães nas dores de parto. Como se vê, toda vida Dela emana.

Mas como toda a deusa lunar ela tem um caráter duplo. Assim como é provedora da vida, é também destruidora, pois é a própria lua, em cuja fase crescente todas as coisas crescem e em cuja fase minguante todas as coisas minguam e são enfraquecidas. Mas este não é o fim, pois logo a lua crescente volta.

A luz sempre vence a escuridão e a deusa reaparece mais uma vez na sua fase criativa e benéfica. Ishtar assim governa, sucessivamente, em todos os ciclos da Lua ou meses do ano E, ainda a fertilidade do ano, tudo o que nasce é considerado como sua prole. Essa idéia aparece de um modo lindo na crença de que seu filho, Tamuz, era a vegetação de toda a Terra.

O mito diz, que ao obter a virilidade, ele torna-se seu amante. Entretanto, ano após ano, ela o condena à morte. Na passagem do ano, época do Solstício de Verão, ele morre e vai para o submundo. Por ocasião deste evento, a deusa e todas as mulheres choram por ele, e isso ocorre no mês que tem seu nome, Tamuz ou Du'úzu.

Os hinos de lamentação foram preservados até hoje, e diz o seguinte:

"Levanta-te, então vai, herói,

pela estrada do "Não-Retorno"

Ai herói! guerreiro, un-azu

Ai herói! herói, meu deus Damu

Ai herói! filho-meu, fiel senhor

Ai herói! Gu-silim dos olhos brilhantes

Ai herói! Tu és minha luz divina."


Ishtar e as outras mulheres ficavam de luto pelo deus Verde, até que ela empreendia a perigosa jornada para a Terra-do-não-retorno, a fim de salvá-lo. Lá suas jóias brilhantes lhe são retiradas, ao passar por cada uma das seis portas que guardam o lugar.

No final desprovida de suas jóias e forças deve lutar com sua irmã Alatu pela posse de Tamuz. Nesta versão, Ishtar é considerada Rainha do submundo, pois como a Lua ela caminha por entre os mundos, o Superior e o Inferior. A perda de suas jóias em seis estágios é o equivalente à fragmentação do deus lunar e representa os seis pedaços noturnos que são tirados da Lua nas seis noites do último quarto.

Quando a senhora Ishtar faz sua descida ao Mundo dos Mortos, nenhuma paixão é sentida na terra e a esterilidade governa:


"Desde que a Senhora Ishtar desceu

à Terra-do-não-retorno

O touro não cobre a vaca,

o asno não se curva sobre a fêmea,

O homem não corteja a mulher na rua,

O homem dorme em seu quarto

A mulher dorme sozinha."

Novamente, em seu retorno à terra, a vida e o amor são despertados, como Isthar exclama em uma ode:

"Eu volto a macho para a fêmea:

Eu sou aquela que enfeita o macho para fêmea,

Eu sou aquela que enfeita a fêmea para o macho."

Era somente depois de sua volta à Terra que o poder da fertilidade e também do desejo sexual podiam operar novamente. Ela é a deusa que desperta o impulso sexual nos animais e nos homens. Sua atividade sexual era enfatizada em descrições como "a doce e sonora dama dos deuses", apesar de ser conhecida também por sua cruel e implacável volubilidade em relação aos seus amantes. Uma vez que era ela quem trazia o amor e a felicidade sexual, ela também detinha o poder de retirá-los. Sem essa Deusa sedutora de seios fartos, nada que dissesse respeito ao ciclo da vida poderia consumar-se.

É muito importante o reconhecimento do papel da Lua em nosso inconsciente. Os antigos já retratavam os movimentos de uma força psicológica que operava no inconsciente do homem e eles sabiam muito sobre estas forças, pois registraram-nas de uma forma totalmente sem preconceitos. Nós é que somos preconceituosos e descartamos qualquer teoria que não se ajuste a algo materialmente observável. Grande erro, pois o funcionamento de fatores psicológicos não são suscetíveis à experimentação e observação direta.

Como Sinn (deus da lua), que a precedeu, Ishtar é trina, pois é a Lua em seus três aspectos. Em sua forma brilhante ou do Mundo Superior, era cultuada como a Grande Mãe que havia frutificado a terra e cuidava de seus filhos. Tal fato é afirmado quando se concebe que quando ela estava ausente o homem e os animais perdiam seu desejo e poder de fertilidade. Quando retornava, o amor brotava outra vez por todo o mundo. Os poderes do amor e fertilidade eram os efeitos de um espírito vivo que ela carregava consigo e que afetava a todos como um contágio.

RAINHA DO CÉU

Como Rainha-do-céu era concebida como a condutora das estrelas. Ela própria tinha uma vez sido estrela, a estrela da manhã e a estrela da tarde, que acompanhava Sinn, o então deus da Lua, como sua esposa. Posteriormente ela o substitui, passando a reinar e tornando-se Rainha-das-estrelas e Rainha-do-céu. Percorria o céu todas as noites em uma carruagem puxada por leões ou bodes.

Ishtar regia o planeta Vênus, quando se apresentava como guerreira destemida (na forma de estrela matutina) ou a cortesã sedutora (na forma de estrela vespertina). Por vezes, as duas formas se fundiam emergia a Senhora da Vida e da Morte. Invoque sempre Isthar ao cair da tarde e conecte-se com o planeta Vênus. Medite e peça à Deusa suas bençãos e reforce sua feminilidade e fertilidade.

As constelações zodíacas eram conhecidas pelos antigos árabes como as Casas-da-Lua, enquanto que o cinto zodiacal inteiro era chamado de "Cinto de Ishtar", um termo que se refere ao calendário da Lua dos antigos, para os quais os meses do ano eram as doze luas do ano solar. Assim, Ishtar era a Deusa-do-tempo, cujos movimentos governavam a semeadura e a colheita, e controlavam o ciclo anual das atividades agrícolas. Era conhecida como governante moral dos homens.

O nome do deus Sinn, é familiar para nós, se pensarmos no monte Sinai, que significa "Montanha-da-Lua". Esse fato lança uma luz interessante sobre a história judaica, pois foi no monte Sinai que Moisés recebeu as Tábuas da Lei. Sinn, como deus da Lua, era o antigo legislador, antecedendo de muito a Moisés. Foi portanto em um lugar muito apropriado que este procurou e encontrou as tábuas enviadas pelo poder divino.

RAINHA DO SUBMUNDO

Como Rainha-do-submundo,Ishtar entretanto, tornava-se inimiga do homem e destruía tudo aquilo que havia criado durante sua atividade no mundo superior. Era, então, cognominada a Destruidora-da-vida, a Deusa-dos-terrores-da-noite, a Mãe Terrível, deusa das tempestades e da guerra. Era também a provedora de sonhos e presságios, da revelação e compreensão das coisas que estão escondidas.

O submundo dos antigos representava, as profundezas escondidas e desconhecidas do inconsciente. Mas, quando nós reconhecemos que o inconsciente está dentro de nós, sendo a parte escondida de nosso psique, ele torna-se um lugar geográfico real, para o qual alguém poderia ir em uma jornada de barco ou carruagem.

A afirmação de que a Deusa-do-submundo possuía poderes mágicos, equivale a dizer que o inconsciente funciona de maneira secreta e desconhecido, isto é, mágica. Este fato é prontamente admitido por qualquer pessoa que dele tenha pelo menos um leve conhecimento.

Já que sofremos as conseqüências de seu poder inexplicável, seria interessante se pudéssemos manter uma boa relação com ele. Pois, para os antigos, a deusa da Lua era a rainha deste reino. Tinha ali tanto poder quanto no mundo superior. Uma relação segura e útil com os poderes do submundo podia ser obtida através de uma aproximação adequada com ela.

FORMAS MUTANTES

Em suas forma mutantes, Ishtar desempenha todos os papéis femininos possíveis. É chamada de filha como também de irmã do deus Lua, que é ao mesmo tempo seu próprio filho (Tamuz). É mulher, a personificação do Yin, do princípio feminino e do Eros. Para as mulheres ela é o próprio princípio de ser. Para os homens é a mediadora entre eles mesmos e a fonte secreta da vida, escondida nas profundezas do inconsciente.

Como seu filho, Tamuz, Ishtar era chamada Urikittu ou a Verde, a produtora de toda a vegetação. Seu símbolo era uma árvore convencional, chamada Asera, que era venerada como se fosse a própria deusa.

O poder e significação desta grande Deusa da Lua, Rainha-do-céu, que caiu nas águas do Eufrates e foi trazida à praia por um cardume de peixes servos, se encontram explicados num hino que encontra-se em uma das "Sete tábuas da Criação", que datam do século VII a. C, embora o próprio hino seja muito mais antigo.

Ishtar foi conhecida ainda como Grande Deusa Har, Mãe das Prostitutas. Sua alta sacerdotisa, Harina, era considerada a soberana espiritual "da cidade de Isthar". Antigo entalhe em uma parede de mármore retrata Isthar sentada à beira de uma janela. Nessa típica pose da prostituta, ela é conhecida como "Kilili Mushriti", ou "Kilili que se inclina para fora." Diz ela: "Uma compassiva prostituta eu sou".

Ishtar é "Diva Astarte, Hominum deorumque via, vita, salus: rusus eadam quae est pernicies, mors, interitus." (Divina Astarte, o poder, a vida, a saúde dos homens e o oposto disso que é o mal, a morte e a destruição).

ISHTAR DAS BATALHAS



Por dois dias, ao final do mês de maio, os romanos celebravam a Festa da Rainha do Submundo, uma celebração em honra as deusas do submundo Hécate, Cibele e Ishtar.

Apesar de Ishtar ser conhecida no Oriente Médio como a deusa do amor, ela era conhecida também por sua ferocidade nas batalhas e na proteção de seus seguidores. Quando neste aspecto,Ishtar conduzia uma carruagem puxada por sete leões, ou sentava-se num trono ornado com leões, portando um cetro de serpente duplo e ladeada por dragões. Ela era chamada de Possessora das Tábuas com os Registros da Vida, a Guardiã da Lei e da Ordem, a Dama das Batalhas e da Vitória. Seus símbolos eram a estrela de oito pontas, o pentagrama, o pombo e as serpentes. Usava um colar de arco-íris, muito semelhante ao de Freia nórdica. Como deusa guerreira, ela levava um arco.

Durante as noites de Lua Cheia (conhecidas como Shapatu), alegres celebrações aconteciam em seus templos. Nestes ritos, chamados chamados de Qadishtu sagrados, as mulheres viviam como sacerdotisas e em seus templos recebiam amantes para expressar a sexualidade como um dom sagrado de Ishtar. Estes ritos permitiam aos homens que comungassem com a deusa.

Ishtar é a deusa dos lados positivo e negativo que tudo regia; patrona das sacerdotisas, guardiã da lei, mestre. Amor, fertilidade, vingança, guerra, desejo amoroso, casamento, leões, cetro e serpente dupla, lápis lázuli, poderes de morte e concepção do mundo, purificação, iniciação, suplantar obstáculos.

Dois de junho era um dos dias sagrados de Ishtar na Babilônia.


RITUAL DE BANIMENTO e LIBERTAÇÃO

Este ritual deve ser realizado durante a Lua Nova ou Minguante. Pode ser efetuado para uma pessoa ou problema específico que esteja lhe atrapalhando. É também indicado quando precisar encerrar um relacionamento.

Serão necessários um incenso de banimento, um pequeno pedaço de papel, lápis, óleo de patchuli ou cânfora, uma adaga ou espada, um vasilha com pequenas quantidades de louro e olíbano em pó e um caldeirão metálico.

Acenda o incenso. Escreva o nome do problema ou da pessoa no papel e deposite-o no altar ao lado do óleo de patchuli. Em uma pequena vasilha deverão estar o louro e o olíbano.

Erga a espada ou adaga à sua frente, apoiando a ponta no caldeirão. Bata seu pé contra o chão e diga:

uça-me, ó poderosa Ishtar.

Este é um período de libertação, de livrar-se de algo.

Eu corto todos os laços com (nome da pessoa ou problema).

Envie seus grandes poderes para que isso (ele/ela) saia da minha vida.

Permaneça segurando a espada à sua frente enquanto mentalmente visualiza a pessoa ou o problema afastando-se rapidamente da ponta da espada. Veja-o despencando dentro do caldeirão até desaparecer. Tente vê-lo desaparecer por completo. Não especifique o modo como deseja que isso ocorra, deseje apenas que o problema não mais lhe cause transtornos.

Apanhe o papel e espete-o na ponta da lâmina, dizendo:

Todos os laços estão cortados.

Nada mais nos une.

Você está sendo carregado pelos ventos da Senhora das Batalhas.

Remova o papel da lâmina. Ponha uma gota de óleo de patchuli ou cânfora nos quatro cantos e no centro. Queime dentro do caldeirão.

Rainha dos Céus, Deusa da Lua,

Lance seus poderosos raios sobre meus inimigos.

Que eles se curvem em derrota.

Defenda-me, Senhora das Batalhas e da Vitória!

Polvilhe um pouco de ervas picadas sobre o papel enquanto este queima; se este já estiver consumido, faça um pequeno montinho de ervas e acenda-o. Diga:

A renovação vem do caldeirão do Submundo.

Assim como Isthar ascendeu vitoriosa de sua jornada,

Eu me renovo através de seu amor e sabedoria.

Livre-se do papel e das ervas queimados usando a descarga de seu banheiro, uma simbologia adequada para livrar-se de problemas.

ORAÇÃO À DEUSA ISHTAR

Ó deusa dos homens, ó deusa das mulheres,

tu, cujo desígnios ninguém pode compreender,

Onde olhas com compaixão o morto vive outra vez,

o doente é curado, o aflito é salvo de sua aflição.

Eu, teu servo, pesaroso, em suspiros

e em angústia, te imploro.

Considera-me, ó minha senhora,

e aceita a minha súplica.

Compadece-te de mim e ouve a minha oração!

Grita para mim "Basta!" e deixa que

o teu espírito seja apaziguado.

Por quanto tempo irá meu corpo, que está cheio

de inquietação e confusão, lamentar?

Guia meus passos na luz, que entre os homens

eu possa gloriosamente procurar o meu caminho!

Deixa minha oração e minha súplica chegar a ti,

E deixa tua grande compaixão cair sobre mim,

Para que aqueles que para mim olharem,

possam exaltar o teu nome,

E que eu possa glorificar a tua divindade

E o teu poder diante da humanidade!
POSTADO POR JEANE SILVEIRA ÀS 13:53:00
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A BRUXA

JEANE SILVEIRA
RIO DE JANEIRO, RJ, BRAZIL
ѕαυđαçõєѕ... єυ ѕσυ נєαŋє υмα вrυxα... "ѕєr υмα вrυxα é αмαr є ѕєr αмαđα; ѕєr υмα вrυxα é ѕαвєr тυđσ є ŋαđα ασ мєѕмσ тємρσ; ѕєr υмα вrυxα é ѕαвєr ѕє мσνєr єŋтrє αѕ єѕтrєlαѕ єŋqυαŋтσ ρєrмαŋєcєr ŋα тєrrα; ѕєr υмα вrυxα é αנυđαr σ мυŋđσ є α ѕί мєѕмα; ѕєr υмα вrυxα é cσмραrтίlђαr αмσr є αlєgrία; ѕєr υмα вrυxα é đαŋçαr є cαŋтαr є đαr αѕ мãσѕ ραrα σ υŋίνєrѕσ; ѕєr υмα вrυxα é ђσŋrαr σ đєυѕ є α ѕί мєѕмα; ѕєr υмα вrυxα é ѕєr мαgίcα є ŋãσ αρєŋαѕ єƒєтυá-lα; ѕєr υмα вrυxα é ѕєr ђσŋєѕтα cσм тσđσѕ є cσŋѕίgσ мєѕмα; ѕєr υмα вrυxα é ѕαвєr αcєίтαr σѕ συтrσѕ cσмσ єlєѕ ѕãσ; ѕєr υмα вrυxα é ѕαвєr qυє σ qυє νσcê ѕєŋтє é cσrrєтσ є вσм; ѕєr υмα вrυxα é ŋãσ ρrєנυđίcαr ŋαđα є ŋίŋgυéм; ѕєr υмα вrυxα é cσŋђєcєr σѕ cαмίŋђσѕ αŋтίgσѕ; ѕєr υмα вrυxα é єŋxєrgαr αléм đαѕ вαrrєίrαѕ; ѕєr υмα вrυxα é ѕєr úŋίcα cσм σѕ đєυѕєѕ; ѕєr υмα вrυxα é єѕтυđαr є αρrєŋđєr ѕємρrє; ѕєr υмα вrυxα é ѕєr α ίŋѕтrυтσrα є α αlυŋα; ѕєr υмα вrυxα é тєr σ cσŋђєcίмєŋтσ đα νєrđαđє; ѕєr υмα вrυxα é νίνєr cσм α тєrrα є ŋãσ αρєŋαѕ ŋєlα; ѕєr υмα вrυxα é ѕєr νєrđαđєίrα є lίνrє."
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"Não acreditar numa coisa não faz deixar de existir...Os seres encantados, todos eles, existem independentemente da crença das pessoas neles..."

A VIDA É MAGIA E ENCANTO
"É preciso preservar a beleza dos nossos corações. Saber olhar com pureza de alma. Respirar como se nascêssemos a cada instante. Agir na calma e na serenidade. Cultivar uma flor, mergulhar em águas limpas. Ouvir uma melodia, agradecer a vida não deixar que o encanto se dissolva diante do mundo.
Surfar nas ondas do infinito. Até que a eternidade e o amor nos involva. Nos faça vibrar e sentir cada momento. "

MAGIA NA VIDA
"Em todas as coisas belas da vida existe magia, como explicar o encanto que certas pessoas exercem sobre a gente? É tão difícil explicar e tão fácil de perceber. Há magia no ar, quando algo de especial acontece. É tão bom viver esses momentos. Por um instante perceber a sincronia, fazer parte de um segredo, estar vendo as engrenagens do universo seencaixando com perfeição, porque nada - mas nada mesmo - acontece por acaso... "



"Em meio às loucuras do mundo, aos devaneios da alma e a falsa sensatez do espírito, é o amor a mais bela de todas as poesias. É o mais rico e surpreendente presente dado pelos Deuses aos ditos mortais, pois somente aqueles que bebem desse bendito cálice, são capazes de conhecer o êxtase da divina imortalidade..."

O CREDO DAS BRUXAS
" Ouça agora a palavra das Bruxas, os segredos que na noite escondemos, Quando a obscuridade era caminho e destino, e que agora à luz nós trazemos. Conhecendo a essência profunda, dos mistérios da Água e do Fogo, E da Terra e do Ar que circunda, Manteve silêncio o nosso povo. O eterno renascimento da Natureza, a passagem do Inverno e da Primavera, Compartilhamos com o Universo da vida, que num Círculo Mágico se alegra. Quatro vezes por ano somos vistas, no retorno dos grandes Sabbats, No antigo Halloween e em Beltane, ou dançando em Imbolc e Lammas. Dia e noite em tempo iguais vão estar, ou o Sol bem mais perto ou longe de nós, Quando, mais uma vez, Bruxas a festejar, Ostara, Mabon, Litha ou Yule saudar. Treze Luas de prata cada ano tem, e treze são os Covens também, Treze vezes dançar nos Esbaths com alegria, para saudar a cada precioso ano e dia. De um século à outro persiste o poder, Que através das eras tem sido levado, Transmitido sempre entre homem e mulher, desde o princípio de todo o passado. Quando o círculo mágico for desenhado, do poder conferido a algum instrumento, Seu compasso será a união entre os mundos, na terra das sombras daquele momento. O mundo comum não deve saber, e o mundo do além também não dirá, Que o maior dos Deuses se faz conhecer, e a grande Magia ali se realizará. Na Natureza, são dois os poderes, com formas e forças sagradas, Nesse templo, são dos os pilares, que protegem e guardam a entrada. E fazer o que queres será o desafio, como amar a um amor que a ninguém vá magoar, essa única regra seguimos à fio, para a Magia dos antigos se manifestar. Oito palavras o credo das Bruxas enseja: sem prejudicar a ninguém, faça o que você deseja ..."




"Oito palavras o credo das bruxas enseja,
Sem prejudicar ninguém faça o que você deseja..."

O QUE É SER UMA BRUXA?
"O que é ser uma bruxa? É andar sempre na busca.É viver em eterna magia. É ter o sorriso sincero. É buscar no seu lado humano a alegria de se dar. O que é ser uma bruxa? Senão amar a tudo, viver por esse mundo dando sempre honras á paz. Saber sempre destinguir entre o bem e mal dissolvendo as tristezas Mesmo que para isso... Tenha que voar. O que é ser uma bruxa? É ,entender os por quês e viver a sensetez de que estamos aqui para ajudar. O que é ser uma bruxa? É amar a vida acima d tudo respeitar a natureza sábia de cada ser vivo existente dividindo com eles todo nosso livre pensar"



PRECEITO DIÁRIO
"Eu me levanto hoje
Pela força dos Céus
Luz do Sol
Brilho da Lua
Resplendor do Fogo
Presteza do vento
Profundidade do Mar
Estabilidade da Terra
Firmeza da Rocha."

"Você só sabe verdadeiramente algo quando é capaz de ensiná-lo. Você só terá abundância quando acrescentar valor à vida de outros.
Isto não quer dizer que temos que dar tudo que temos, mas acima de tudo é a habilidade e a disposição para dar que nos traz tudo isso.
O que quer que você esteja segurando e escondendo do mundo - suas habilidades, seus pensamentos, sua paixão, seu conhecimento, seu entusiasmo,sua coragem está, segurando você.
As riquezas que você possui, sejam elas materiais, intelectuais ou espirituais não tem valor nenhum se você não as usar..."

"Aquele que me pedir um benefício
Encontra-o na sombra oculta.
Conduza minha dança nas clareiras de verdes florestas
Sob a luz da Lua Cheia.
Dance próximo ao meu altar de pedras
Trabalhe meu sagrado ensinamento.
Àqueles que são seguidores da Bruxaria.
Eu trago segredos desconhecidos."

O Altar é o seu ponto de ligação com a Deusa e com o Universo!!!

"Felizes daqueles que reconhecem os Deuses em todas as suas formas, sabem que Eles falam todos os idiomas, São de todas as cores e dançam de todas as formas."



"Acredito na força da Mãe Natureza, na magia dos elementais que a protegem, em como o mundo necessita das duas forças unidas e em equilibrio para se manter saudável sem nem a força feminina (Lua) nem masculina (Sol) se sobreporem uma à outra. Entristece-me tanta ignorancia e principalmente as mulheres acharem que para se vingar é preciso ser como os homens quando na verdade nos somos diferentes. Somos energias diferentes e cada um pode fazer por si e pela Mãe Terra o que pode consoante a sua energia. Devem complementar-se e não anular-se uma à outra... "

"Eu sou uma bruxa básica
faço magias do dia a dia
Gosto de fazer travessuras
o meu lema é espalhar a alegria

Pego a vassoura encantada
e saio varrendo as tristezas
queimo tudo no caldeirão
e vou apreciar, da vida, as belezas

Como toda boa bruxa,
eu adoro a natureza.
O verde, as flores e o azul do céu
Com fitas em tons de violeta
eu adorno o meu chapéu.

Meus encantos e sortilégio
ssão feitos com amor e paz
têm o pó mágico da esperança
quebre este encanto se for capaz!

Tenho muitas irmãs e irmãos
Eu sou parte do universo
Saúdo a todos os bruxos
nas linhas deste meu verso.

Bruxas e bruxos de todos os tempos
Convoco-os ao círculo das mãos
Vamos orar pelo Planeta
pedindo a Paz, o Amor e a União"



" Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderar.
Não ande na minha frente, talvez eu não queira segui-lo.
Ande ao meu lado para que possamos caminhar juntos."


"Hoje, ser bruxo,
Mágico, feiticeiro,
Já é um Luxo.
Bruxa já não usa vassoura
E caldeirão,
Hoje é cartomante
Viaja de avião,
Vai comer ao restaurante
Mariscos e leitão.
Os seus andrajos
E trapos, era vê-los…
Ela hoje vai a Paris
E veste os melhores modelos.
Abóboras? Bolas de cristal?
Não senhor!
Hoje a bruxa é internauta,
E usa computador.
Abracadabras e tramas
Estão obsoletos...
Já tem modernos programas.
O mau-olhado
E a varinha de condão?
Trocou por um teclado.
A bola de cristal ?
Não senhora!
Tem scaner e impressora.
As bruxas sempre serão eternas
Mas as de hoje
São bruxas modernas..."



"Ouça as palavras das bruxas agora
Os segredos que nós escondemos à noite
São invocados os mais velhos deuses aqui
São buscados os grandes trabalhos de magia
Por esta noite e por esta hora
Eu chamo o antigo poder
Traga o poder a nós
Nós queremos o poder
Nos dê o poder..."



BÊNÇÃOS
“Tu de todos os sagrados, ultrajados e sábios nomes”.
Mãe de rameiras e iniqüidades,
Que suporta o fiel na destruição e chamas,
Confessando ações vis e blasfêmias.
Pela Terra, Seu corpo fértil, Abençoada Seja.
E pelas Águas Viventes do Seu útero,
Pelo Ar, Seu sopro que se move no mar,
Pelo chamado de vida da grama verde da tumba,
Pelo Fogo, Seu Espírito,
Abençoada Seja com poder!
As Crianças de Seu Amor nascem entre a destruição
Possa haver Luz e clareza nas horas negras
Brilhe Lua Branca, Cresça nos caminhos
De cada um , eterno caminho apaixonado.
Abençoe e ilumine a todos,
Evo-he”

ORAÇÃO AO DEUS CORNÍFERO
"Ó Cornudo das áreas silvestres.
Alado dos céus brilhantes.
Com os raios do esplendoroso sol,
Caído nos lamentos do Samhain -
Eu chamo em meio às pedras erguidas
Orando para que você, Ó Antigo,
Conceda suas bênçãos em meus ritos místicos -
Ó Senhor de Fogo do Sol Ígneo!!!"

O NOME
“Ela é a uivadora dos muitos ventos”.
Seu nome é as cinco estações do ano.
Amante do primeiro Senhor
Mãe de dúzias de Deuses que andam pelos caminhos estrelados
Irmã e Esposa do Portador da Luz
Mulher Ela é, de nobre poder da paixão
Branca e azul ao mesmo tempo e ainda o Arco-íris,
Negra como o nulo sonho escuro ”



SOU BRUXA
Sou bruxa!
Adivinho meu quereres,
vejo-os, decodifico-os...
Saio de minhas dores,
com poções mágicas de vida,
de confiança.
Sou fraca, forte, mulher!
Sou bruxa!
Tento enfeitiçar você,
com olhar de cumplicidade,
com palavras de vontade,
com zelo de tudo.
Vôo também!
Aposentei a vassoura,
quebrei o paradigma,
Larguei o velho livro de feitiços,
abri novo caminho,
nova página...
Viajo no pensamento,
na mais bonita estrela,
na transferência da presença.
Sou bruxa do bem!
do bem querer-lhe,
bem amar,
bem desejar,
bem estar,
sua bruxinha!
Transponho distâncias,
materializo-me,
faço-me ouvir,
voz e sentir...
Alguém tem medo de mim?


“O universo é meu caminho; o amor, a minha lei; a paz, o meu abrigo. A experiência, a minha escola; a dificuldade, o meu estímulo; o obstáculo, a minha lição; a Sabedoria, meu objetivo; a compreensão, minha benção; o equilíbrio, minha atitude; a perfeição, minha meta; a plenitude, meu destino.”

"Abençoada seja a minha mente, para que eu possa sonhar novamente,
Abençoado seja meu coração para que eu possa me curar, harmoniosamente,
Abençoado seja o meu ventre, para que eu gere e dê a luz seguramente,
Abençoado seja o meu estado de espírito, para que mantenha acessa a minha chama eternamente."

(Mirella Faur)




ORAÇÃO Á DEUSA
"A sua Arte, Senhora, veio à luz.Quem poderá escapar de seu poder?Sua forma é um eterno mistério;Sua presença pairaSobre as terras quentes.Os mares te obedecem,As tempestades de acalmam.A sua vontade detém o dilúvio.E Eu, tua pequena criatura, Faço a saldação:Minha Grande Rainha,Minha Grande Mãe!"

CULTO À GRANDE DEUSA
"Senhora de minha vida: Guia-me com sabedoria,Faça com que eu compreenda o que não tem explicação Conforta-me em teus seios quando preciso forDaí-me luz para clarear a mente dos que não entendem Encha-me de coragem para enfrentar o preconceito de cabeça erguida Purifique-me para que eu possa louvar-te como mereces Ajuda-me a ver com teus olhos de justiça para que eu nunca acuse em vãoE peço-te que me mostre o caminho da tua verdade para que eu não me perca nunca de ti!"



"Eu sou a Deusa, eu sou a bruxa Eu sou aquela que ilumina e protege O poder da Grande Mãe está dentro de mim. Que a Grande Mãe A Senhora do Norte Encha de frutos a árvore da minha vida.
Grande Deusa que habita dentro de mim Santifica cada palavra minha e cada ato meu Afasta cada sombra de minha vida Ilumina todas as minhas estações Torna-me forte na dor Torna-me bela no amor.
Que teu nome e teu poder Sejam o meu nome e o meu poder. Assim sempre foi, assim sempre será..."

INVOCAÇÃO A LUA ORVALHADA
"Ó pregnante, orvalhada lua a navegar pelos céus,Que brilha para todosQue flui através de todosLuz do mundoDonzela, mãe, anciãSer criativo ser refrescanteIsis, Asarteia, IshtarAradia, Diana, CibeleKore, Ceridwen, LevanahLuna, Mari, AnaRhiannon, Selena, Demeter, MahOlhe com nosso solhos, ouça com nossos ouvidosToque com suas mãos, respire com nossas narinasBeije com nossos lábios, abra nossos coraçõesPenetre em nos!Toque-nos, transforme-nos, faça-nos um todo!"



BRUXA
"A natureza é meu lar, meu refúgio, meu sonhar.
Pertenço a ela... Faço parte dela!
Preciso do verde, do azul, do lilás.
De um arco-íris de cores
De frutas e flores, amores e aromas.
Quero cheiro de mata molhada
Quero o vento soprando em meu rosto.
Quero andar sem medo
Quero dormir sob as estrelas.
Sou mulher da terra. Do chão. Sou raíz.
Escolho meu paraíso
E nele planto meu jardim.
Ando descalça por caminhos floridos...
Danço nos camposRodopio no ar.
Tomo banho de chuva nua
Abro os braços e giro.
Olho para o céu e acredito.
Que existe destino.
Existindo eu escolho
Sigo, mudo, me recolho.
Me abro para o mundo
Eu decido.Eu sigo meus instintos.
Sigo as estações.
Eu sou da terra
Do fogo, da água e do ar.
Sou de antes e de agora
Sou flor e espinho
Sou a água, sou o vinho.
Simples...
Sagrada
Sempre... Mulher".

(Ká Butterfly)

LILITH
"Não sou feita de um pedaço teu.
Sou criação independentefeita do mesmo pó
e de saliva e sangue
Desejo e vida
Prefiro o exílio à submissão
Sou teu maior temor
E também teu maior desejo,
mas não podes possuir-me
Pois sou livre
Não sou tua
Sou minha
Eu sou a paixão da noite
Sorrateiramente apareço
em teus sonhos ardentes,
nas noites de Lua Nova
Se permaneço ou sigo adiante
não terás certeza
Pois não sou caminho
Sou abismo
Sou mulher com asas
Meu desejo é a igualdade
De direitos
De prazeres
de ficar por cima
Sou mulher indomada,
Assumo o meu poder
com destemor e força,
entusiasmo e prazer".

(Fabiane Ponte)



"Sou uma Bruxa
Com rimas e razões
Sou mutável como as estações
A Lua é minha Mãe
E o Sol é o meu Pai,
Junto à Deusa Terra componho o uno.
Sou uma Bruxa, uma criança Pagã.
O espírito livre da Mãe Natureza,
Cresce dentro de mim.
Flui por dentro de mim,
Enrodilhando-me como uma corda enfeitiçada,
Encantando cada sonho que tenho acordada.
Respiro o ar da liberação,
Ardo com o fogo da transformação
Bebo a água da criação.
A magia da terra é a minha conjuração.
Sou uma Bruxa da sombra da luz,
Das Brumas de Avalon e do vôo do corvo.
Sou uma Bruxa que tem orgulho disso reconhecer,
Pois a alma de uma Bruxa.
Não pode morrer..."

Gerina Dunwich



"Os textos aqui postados são retirados da própria net (muitos desconheço a autoria). A intenção deste blog não é de plágio, mas sim de espalhar conhecimento..."

SOU DA LUA
"Sou da Lua, da Lua eu vim...
Encantos, feitiços com ela aprendi
Sou única, sou bruxa, sou fases, sou Lua
Protejo de longe, energizo você,
Guardo seus passos, influencio seus atos
Seu banho revigoro, recarrego energias
Mudo de fases para mostrar amor por você
Lua Branca ilumina meu rastro, para não te perder
Lua Azul vibra meus encantos,
Enfeitiça meu amor para nunca esquecer.
Clareia a vida, minhas noites mal dormidas
Quando penso em você.
Céu estrelado, lua de fases, cheia de amor por você. Vem!
Te espero na imensidão do espaço seguindo meus passos, já sou toda sua...
Sou Bruxa da Lua"



GAIA, GRANDIOSA MÃE TERRA
Oh, Gaia, poderosa deusa cósmica. Que, tranqüila, suporta quando Úrano a cobre. Lançando-te as sementes celestes que fecundas. Originando os seres e os animais. Oh, receptiva fêmea que o arado penetra. Que às sementes acolhe, indiscriminadamente. Mulher ardorosa que a chuva fecunda. Qual sêmen do Céu, teu amante fiel Da mansão dos deuses, deusa talentosa. Que comanda a vida: o nascimento e a morte. Em teu seio fértil acolhe-nos serena. Obscura e generosa senhora Doce Mãe, Mãe de doçura infinita. Dá-nos teu colo amoroso. Sustenta-nos em teus calorosos braços. Contém-nos, oh, guardiã da vida Soberana entre as soberanas. Força geradora de todos os seres. De tuas virtudes, ensina-nos e regenera-nos. Dá-nos de tua fertilidade, o grão Magna Mãe, Mãezinha dileta. Ama-nos como filhos prediletos. Como à tua Core, filha mais que amada. De teu seio, por Hades raptada Grande útero, deusa poderosa Perdoa-nos o mau uso, os abusos. E contém a tua ira, na ronda fervorosa. Em que, impiedosa, negas florescer Recolhe a triste lágrima que escorre. De tuas entranhas expulsa o lamento. E dá um fim ao rude tormento. Que a mão do homem cruelmente te impõe Contém teu pranto e a revolta Usando a força feminina que te é própria. Perdoa teus filhos, segura-lhes a mão. Corta-lhes o ímpeto de desonrá-la em vão E permanece bela, encantadora mulher Envergando os trajes de tua origem divinal. Corrige teus filhos e dá-lhes a compreender. A sagrada harmonia do teu ritmo natural Se tanto doas, se és fonte de fartura. Se, pois, complacente e perdoa. Majestosa senhora, teus filhos inconscientes Mantendo intacto o ciclo das estações Concede-nos teu imperecível amor. E a facilidade incrível com que geras. Abandona o teu luto e rancores. E protege-nos, grandiosa Mãe Terra!

(Flori Jane)



A MÃE EM MOVIMENTO
Dança a Mãe e a Terra estremece de prazer. No seu ventre larva quente aquece a vida. Canta a Mãe pela boca do vento. E seu canto explode nas nuvens e os trovões reboam. Seus pés tocam o universo e ele gira. Como gira os seus quadris no ritmo dos seus passos. Os cabelos da Mãe na copa das árvores. No farfalhar das folhas de todas as florestas. Seus dedos riscaram a terra. E criaram as cadeias de montanhas.Dos seus olhos de águas límpidas.Surgiram todos os rio, todos os mares, todas as fontes. A Mãe menina em plena alegria e felicidade. Povoou a cada sorriso a Terra com milhões de flores e cores. Dos sons dos seus risos. Nasceram todos os cantos dos pássaros. Dos seus seios fartos. O alimento de todos os seres. Em plenitude a Mãe criou todas as coisas. E a todos abraça no retorno. A ela todo o meu amor.

Mallika Fittipaldi.



CARGA DA DEUSA
"Abençoados sejam os que se reúnem para festejar a vida!Sempe que necessitarem de minha ajuda, reúnam-se num lugar secreto em noites de Lua Cheia para me honrar. Minha lei é o Amor a todas as criaturas, a liberdade é o meu escudo. Bendito seja tudo!Meu nome é o êxtase do espirito e a alegria da Terra. Minhas são também as portas da juventude, a Taça do vinho, da vida e da imortalidade.Dancem, festejem, regozijem-se todos em minha honra. Meu amor transborda sobre todos os seres da Terra. Não me ofereçam sacrifícios sangrentos nem dolorosos, pois me desagradam. Sou a Mãe de todos os seres viventes.Todos os meus ritos são de amor e pazer, cheios de paixão, humildade, alegria e respeito às virtudes que todos devem possuir.Quem me busca fora não me achará, que pense em seu desejo e olhe para o seu interior, pois moro em sua alma. Devem saber que estou com vocês desde o princípio e os recolherei em meu interior ao final..."

ORAÇÃO À MÃE TERRA
Uma oração essênia

“Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra
Pois é ela a doadora da vida.
Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela.
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolvas.

Saibas que o sangue que corre nas tuas veias
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra,
O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela
Borbulha nos riachos das montanhas
Flui abundantemente nos rios das planícies.

Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra,
O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu
E os sussurros das folhas da floresta.

Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra.
Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra.
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos
Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra
Que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho.
Como o ar tremelicante sustenta o pássaro
Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra
Ela está em ti e tu estás Nela.
Dela tu nasceste, nela tu vives e para Ela voltará novamente.

Segue, portanto, as Suas leis
Pois teu alento é o alento Dela.
Teu sangue o sangue Dela.
Teus ossos os ossos Dela.
Tua carne a carne Dela.
Teus olhos e teus ouvidos são dela também.

Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra
Não morrerá jamais,
Conhece esta paz na tua mente
Deseja esta paz ao teu coração
Realiza esta paz com o teu corpo.”

Evangelho dos Essênios



INVOCAÇÃO DA ALEGRIA
"Tenho uma coceira nos pés

Que me faz dançar rua abaixo

Tenho uma comichão na barriga

Que me faz abraçar a todos que encontro.

Tenho uma fonte no coração

Que esparge amor sobre o mundo.

Conheço a Alegria do Espírito

Por isso sorrio em meu coração.

Sinto a Alegria de viver

Por isso celebro a Luz".



A CANÇÃO DA LUA
(por D. J. Conway, o Livro Mágico da Lua)

Ergo meus braços saudando,
Enquanto ela desliza pela noite,
A Lua dos Mistérios redonda,
Disco luminoso, de prata cintilante.

Meu espirito atende ao Seu chamado,
E deseja ter asas para voar,
Para que eu possa buscar Seu santuario sagrado,
Do qual o céu é simbolo.

Um lugar de segredos ocultos,
De antigos mistérios sagrados,
Um lugar que em outras eras conheci,
E de sabedoria em templos calados.

Esforço-me para tentar lembrar,
Tudo o que antes aprendido eu teria,
Os Segredos esquecidos da Lua,
A Deusa de toda a sua Sabedoria.

Apesar de meus braços voltados para o céu,
Ouço Sua voz em meu interior, e sigo nesta direção.
Desvendo o labirinto interno,
Confiando em minha opção.

"Não busque no exterior, mas sim no fundo do seu Eu"
Diz a voz suave e clara.
"Mantenha sua fé em mim pelos treze meses,
do ano Sagrado da Mãe".

Eu a observo através de Seus ciclos,
Como ja fiz em vidas passadas,
E sigo Sua trilha enluarada,
Que à porta secreta interior me conduz.



" Em nome Daquela que existe nas ondas do mar,
Nas profundezas das grutas escondidas,
No farfalhar das verdes folhas,
E na ardente chama das paixões,
Eu te invoco, minha Senhora,
Para me proteger e guiar.
Tu que és donzela,
Livre e virgem por não pertencer a ninguém.
Tu que és Mãe,
Amada e procurada por todos.
Tu que és Anciã,
Que vais velar por todos nós.
Ártemis, Selene, Hécate, Inanna(...)
Yemanjá Odo Iyá.
Mãe Antiga, Deusa dos Mil Nomes,
Ilumina a nossa vida
Com cada raio de luar.
E com o longínquo brilho estelar,
Guia-nos com amor maternal
Nesta nova jornada
De volta para Ti
Oh, Grande Mãe"

"Reflete meu reflexo, ó Mãe
Grandiosa em tua bondade
Ensina-me a caminhar e
ouvir e sentir os sinais enviados
pelo teu amor infinito!
Que a venda caia de meus olhos
e a palavra não dita
derrame em meus ouvidos,
para que eu possa cumprir
minha humilde missão.
Que minha mão toque o inatingível
Que minha boca sopre o segredo da vida
Que meu corpo vibre o inadiável
para a concretização de teu ideial.

Seja! Seja! Seja!"



Mãe nossa,
Cujo corpo é a Terra,
Santificado seja o teu ser.
Floresçam os teus jardins.
Seja feita a tua vontade,
Assim nas cidades como na natureza.
Agradecemos a este Dia,
O alimento, o ar e a água.
Perdoa nossos pecados contra a Terra,
Como nós perdoamos uns aos outros.
E não nos deixes ser extintos,
Mas livra-nos da nossa insensatez.
Pois tua é a beleza e o Poder,
E toda a vida, do nascimento à morte,
Do princípio ao fim.
Amém.
Que Assim Seja.
Abençoada Sejas!

A MÃE DA ETERNIDADE
"Mesmo nessa hora mais distante
No frio ou no vento
Estou contigo
Mesmo na tempestade sinta o meu abraço
Mesmo na fúria do rio
Deixe levar pelas ondas até mim
Mesmo no dissabor do vento
Deixe respirar e inundar se de Mim
Sou todos os homens e todas as mulheres
Sou todas as estrelas e as águas
E a Terra é meu assento
Corpo e moradia
Eu sou a Rainha antiga da montanha
Eu sou a mulher vestida de estrelas
Eu sou a maga coroada de sabedoria
Eu sou para além do Tempo
Eu sou para aém do Espaço
Eu sou para além das eras
Que se tornam eternidade
Sou a Roda e mais que Roda da Vida
Sou a Rainha e mais que rainha
Sou a mulher,o homem, o servo, e a serva
E muito além
do que consiga imaginar
Dos meus seios fluem a vida
Que nos seus fluxos e desfluxos
Fluem a mim
E em mim o Amor
E antes de Eros
Ele habita em Mim
Eu, sou a Mãe do Amor
Eu sou a Mãe da Eternidade
E em Ti lancei minha sombra."



SENHORA
"Senhora,
Deusa da Vida, és Senhora
Deusa da Morte, és Senhora
De muitos nomes e faces.
Te venero.
Donzela de beleza incomparável
Guerreira de destreza inenarrável
Cujo sorriso vem minha vida começar
E nos seus braços encontro a alegria
A novidade, a juventude, a poesia
E sonhos sem limites a realizar
Te venero.
Mãe, de todos, de tudo, da vida
Protetora doce, professora decidida
Que nos mostra o caminho e nos deixa tentar
Nos seus braços encontro o amor, por todos, por muitos, por mim
E a força e a garra que não tem fim
Para tornar minha vida plena e me completar
Te venero.
Anciã, de rugas e brancos cabelos, tão amada
Dona do caldeirão, da sabedoria, da noite aveludada
Que me encontra nos momentos de decisões a tomar
Nos seus braços encontro conselhos, consolo
Às vezes um puxão de orelha, às vezes um bom colo Mas sempre o que preciso e o que mais desejar
Te venero.
Quando estou triste, e meu coração é vazio
Quando meu mundo é escuro e frio
É nos seus braços que vou me consolar
E em seu carinho e apoio constantes
Me vejo inteira e em poucos instantes
Acho meu rumo e posso me recuperar
Te venero
Quando estou bem, estou viva, estou plena
Quando as bênçãos que conto ultrapassam a centena
É nos seus braços que vou comemorar
E em sua vitalidade e energia
Encontro o brilho de minha magia
E sei que meu destino e ser feliz e te celebrar.
Te venero.
E se já te entreguei minha vida e meu caminho
Se já és meu porto seguro e meu ninho
Penso, que mais posso eu te ofertar?
E ao me ver tão feliz por ser filha tua
Te ofereço então minha poesia crua
E todo o amor que minha alma sabe amar.
Te venero."

Poesia de Naelyan Wyvern

DIFERENÇA ENTRE AS MULHERES E AS BRUXAS
"A mulher sonha,
A bruxa faz o sonho acontecer,
A mulher mentaliza,
A bruxa a transforma em realidade,
A mulher desperdiça tempo,
A bruxa recicla,
A mulher vive em busca de Deus,
A bruxa vive sua natureza Divina,
A mulher se vale de autoridade,
A bruxa de malicia,
A mulher destrói sentimentos,
A bruxa faz renascer,
A mulher cria,
A bruxa transforma,
A mulher conquista um homem,
A bruxa encanta e seduz,
A mulher faz o homem ter um momento de prazer, A bruxa manipula seus sentidos,
A mulher possui o corpo de um homem,
A Bruxa a alma,
A mulher faz um homem se apaixonar,
A bruxa o enlouquece de desejo,
A mulher pode ter varias homens,
Ah! mas só a bruxa os possui!
A mulher é capaz de matar por um grande amor,
Mas só a bruxa é capaz de morrer por ele‼"